domingo, 13 de março de 2011

A Serviço do Rei

A Serviço do Rei – Lucas 7:36-50
“E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o unguento”. Lucas 7:38.
Ao reportarmos aos tempos das realezas verificamos que eles eram detentores de todas as terras. Eles concediam terras aos seus nobres e exigiam serviço militar, obediência e fidelidade. Os súditos por sua vez lhes prestavam reverência, devoção, obediência e fidelidade.
A Bíblia declara que o Senhor Jesus é “Rei dos reis, e Senhor dos senhores” (Apocalipse 17:14; 19:16). Que é dono de tudo, o próprio Deus encarnado e que “a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo” (Hebreus 1:1,2).
A todos aqueles que nEle creem “fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai” (Apocalipse 1:6). Pelo qual devemos segundo as Escrituras e declarado pelo Apóstolo Paulo, ainda que sofrendo aflições ser “bom soldado de Jesus Cristo”. Não se embaraçar “com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra”. Devemos “militar legitimamente,” sendo encontrados combatendo e participando de forma atuante como bom soldado de Cristo.  (2ª Timóteo 2:3-5).
Veja que devemos reverência, devoção, obediência e fidelidade a Jesus Cristo que é Rei dos reis, Senhor dos senhores.
Nesta porção bíblica encontramos a história da graça e misericórdia, atitude própria de um Rei para com os seus servos. Encontramos O Rei Salvador dos pecadores, Simão o fariseu e o pecador que O Salvador perdoou. O mesmo Rei, o Senhor Jesus Cristo propõe uma parábola que ilustra a sua graça e misericórdia: O credor, o devedor de 500 denários e o devedor de 50 denários. Com este cenário Jesus apresenta a nós qual deve ser a nossa atitude.
Uma vez que entendemos que Jesus é Rei e deve ser Senhor de nossas vidas, encontramos em Lucas 7:38 a descrição de um pecador aos pés de Jesus, a posição em que deve ficar os súditos ou servos do Senhor.
O que aprendemos com esta posição?
1. Aos pés de Jesus – Uma Postura Conveniente – Lucas 7:38.
É uma postura ao primeiro olhar que não parece muito agradável. Mas garanto que é uma posição admirável. Quando prostrados diante de Jesus reconhecemos sua superioridade e senhorio. Reconhecemos a sua realeza porque o Rei é a maior autoridade. Jesus Cristo é nosso Rei, autoridade suprema.  Jesus é o próprio Deus encarnado, prestemos a Ele reverência na mais humilde atitude, aos seus pés.
Muitos dizem que Ele é mestre, mas são apenas palavras vazias. Simão o fariseu, ao observar a atitude daquela mulher pecadora chocou-se e não reconheceu em seu coração o senhorio de Jesus quando falou consigo mesmo dizendo: “Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora”. Lucas 7:39. No verso seguinte o vemos chamando Jesus de Mestre. Simão se achava uma pessoa boa, cheio de justiça própria, satisfeito com sua própria bondade, dignidade, importância. Simão era satisfeito com seu conhecimento da lei e verdadeiramente não estava disposto a ouvir os ensinamentos de Jesus.
Quando estamos aos pés de Jesus reconhecemos que somos cheios de pecados, e humildemente rasgamos o coração em confissão. Foi o que aquela mulher pecadora fez: “E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça”. Ainda que não houvesse palavras audíveis humanamente, o coração daquela mulher rasgava em palavras de confissão, ouvidas pelo Rei da graça. Ela reconhecia o senhorio de Jesus e sujeitou-se voluntariamente “e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o unguento”.
Devemos estar aos pés de Jesus, prostrados alegremente. Os que não fazem hoje com alegria do perdão o farão no futuro, quer queiram ou não, sem nenhuma chance de misericórdia e graça.
O que aprendemos com esta posição?
2. Aos pés de Jesus – Uma Postura Proveitosa – Lucas 7:38.
Na cultura judaica era costume ao convidar alguém, lavar-lhe os pés, com gesto de hospitalidade, oferecer óleo para ungir a cabeça e beijar o convidado como gesto de saudação, amizade e paz.
Embora aquela mulher sendo reconhecida como pecadora ofereceu hospitalidade e honra ao Senhor Jesus. Lavou-lhe os pés, ungiu com unguento (essência de óleo que perfumava o corpo) e beijou-lhe os pés (Lucas 7:44-46). Aquela mulher fez muito mais, abriu a porta de seu coração em arrependimento, sujeitou-se ao senhorio de Jesus e tornou-se apta para o serviço cristão.
Aquela mulher teve suas súplicas atendidas, lágrimas que rogavam por perdão ao Salvador e Rei Jesus que disse: “Os teus pecados te são perdoados”. (Lucas 7:48).
É uma postura proveitosa porque leva a alma ao descanso, não há mais temor da morte, recebe entrada em terra celeste, tornando sua pátria ao ouvir: “A tua fé te salvou; vai-te em paz”. (Lucas 7:50). Encontramos nessa postura a atitude proveitosa de adoração, reconhecimento de quem nós somos e a glória de quem adoramos.
Jesus Cristo, meu Senhor e meu Rei, digno de devoção, reverência, ao qual devemos continuamente estar aos seus pés.
O que aprendemos com esta posição?
3. Aos pés de Jesus – Uma Postura Segura – Lucas 7:38.
Aquela mulher não estava entre os convidados de Simão, entretanto, ela veio arrependida e irrompeu-se por entre os convidados, movida por um sentimento de contrição, gratidão e reverência, colocou-se por trás de Jesus. Não veio participar daquele banquete. Tinha uma fome mais profunda na alma porque era transgressora e reconhecia isso. Chorou lágrimas de arrependimento, alegria, amor e gratidão.
Não encontramos Jesus a expulsando, mas Ele quer que assumamos essa contínua devoção. Não O encontramos rejeitando porque brotava muito amor daquele coração. Portanto, uma postura segura de aceitação do Rei. O Rei Jesus não permitirá nenhum dano aos seus servos fiéis que buscam refúgio aos seus pés. Devemos estar aos seus pés, sentados sob a sombra protetora e a serviço do Rei e Senhor Jesus, com alegria e prazer.
Conclusão
Jesus, Filho de Deus, o Onisciente que podia ler os pensamentos íntimos, tanto de Simão como da pecadora arrependida. Ele veio a salvar a todos, e comeu com pecadores e cobradores de impostos. Todos estão falidos e somos devedores aos olhos do Credor celestial. Todos pecaram.
Nem o melhor de nós e nem o pior têm como pagar pelos débitos que o pecado deixou. Jesus Cristo tomou sobre si o nosso débito e pode perdoar a todos que verdadeiramente se arrependem de seus pecados, e voltam-se para Ele pela fé.
Pr. Renato 

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