quarta-feira, 13 de abril de 2011

Ajuste de Contas

Ajuste De Contas – Mateus 25:14-30
“De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” – Romanos 14:12.
Vivemos em um país regido por leis, decretos, diretrizes, estatutos e regulamentos que definem os direitos e deveres dos cidadãos. Quando alguém fere qualquer dos deveres de cidadão é cobrado o cumprimento do dever sob pena de punição. Cabe ao cidadão requerer os direitos juntos aos órgãos competentes para que possa recebê-los. Quando temos que prestar contas nos perguntamos: será que está tudo certo?
Não devemos esquecer que Deus nos deixou leis, decretos, estatutos, testemunhos em sua Palavra para definir o nosso andar e nos garantir sem precisar de reivindicação os direitos já pré-estabelecidos pelo Seu eterno poder quando cumprimos a Sua vontade. Os salvos em Jesus Cristo devem se lembrar de que são cidadãos do céu. "Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus" – Efésios 2:19. Não devemos ignorar as leis de Deus.
A Bíblia declara que todos prestarão contas a Deus. “Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” – Romanos 14:11-12. Portanto, nossa vida é contabilizada, nossos atos são registrados no céu e precisaremos prestar contas dos nossos dons e talentos. Jesus falou sobre prestação de contas na parábola dos talentos.
O que é preciso para uma boa prestação de contas?
1. É preciso responsabilidade – Mateus 25:14.
“Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens” – Mateus 25:14.
Nesta passagem bíblica encontramos um senhor distribuindo talentos e delegando responsabilidade. Um talento era dinheiro de prata. Era o maior valor monetário daquela época e representava o trabalho de muitos anos. Portanto, os valores que os servos receberam eram elevados. O texto diz que “entregou-lhes os seus bens”. O senhor destes servos cria na responsabilidade deles. Deus exige trabalho responsável de seus servos.
Paulo diz: “Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo” – 1ª Coríntios 15:10. O apóstolo Paulo entendeu a responsabilidade que foi lhe outorgada trabalhando arduamente pelo seu Senhor.
É preciso entender que temos responsabilidade e que somos cooperadores de Deus. "Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus" – 1ª Coríntios 3:9. “E nós, cooperando também com ele, vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão” 2ª Coríntios 6:1.
No momento em que os servos fossem chamados para junto de seu senhor seria para prestar contas, não importava o tempo que seu senhor levaria para voltar. Durante esse tempo o senhor exigia responsabilidade e prestação de contas do que é seu.
“Tudo o que o SENHOR quis, fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos” – Salmos 135:6. “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam. Porque ele a fundou sobre os mares e a firmou sobre os rios.” – Salmos 24:1-2. Deus fez tudo o que existe é dono de tudo, inclusive de nossos talentos e a Ele devemos prestar contas. A responsabilidade é individual. “De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” – Romanos 14:12.
O que é preciso para uma boa prestação de contas?
2. É preciso zelo – Mateus 25:15,19.
“E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe”... “E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles” – Mateus 25:15,19.
Nesta parábola o Senhor Jesus diz que foi distribuído talentos conforme a capacidade de cada um. Um talento era dinheiro de prata. Era o maior valor monetário daquela época e representava o trabalho de muitos anos. Portanto, os valores que os servos receberam eram elevados. Quando da volta do senhor, crendo no zelo de seus servos “fez contas com eles”.
O Espírito Santo nos concede dons, a uns confia mais e a outros menos. Os dons são diferentes, mas sempre representam uma soma elevada. É interessante pensar que os dons foram distribuídos “a cada um segundo a sua capacidade”.
Sabemos que o Espírito Santo distribui os dons conforme quer. “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” – 1ª Coríntios 12:11.
Será que Deus leva em conta o quanto nos empenhamos e buscamos os dons espirituais? A Palavra de Deus responde a pergunta dizendo: “Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente” – 1ª Coríntios 12:31.
 Vemos como é importante o zelo espiritual, o desejo de crescer e servir ao Senhor cada vez melhor. Aquele que não desenvolveu rendimento ao seu talento não tinha o desejo de crescer e servir ao seu senhor. “Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste; E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu” – Mateus 25:24-25.
Isso significa que Deus quer usar os dons naturais que nos deu e quer aperfeiçoá-los para o Seu serviço e conforme vamos crescendo na Sua graça, nos aperfeiçoa com outros dons como evangelismo, ensino e proclamação das Escrituras, etc.
 O que é preciso para uma boa prestação de contas?
3. É preciso fidelidade – Mateus 25:15,19.
“E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”... “Disse-lhe o seu SENHOR: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” – Mateus 25:21,23.
Não importa se recebemos muito ou pouco, o que importa é sermos achados fiéis com os talentos que nos foi confiado. A Bíblia declara que “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel” – 1ª Coríntios 4:1-2.
Uma dona de casa pode ser achada mais fiel do que um evangelista que usou pouco o seu dom. Não importa qual o seu dom e sim o quanto você usa e o desenvolve.
Conta-se uma história de uma mulher cega, com idade de 70 anos que tinha uma Bíblia em francês que muito estimava. Certo dia ao receber um missionário em seu lar ela pediu que aquele homem destacasse em vermelho o texto bíblico João 3:16 – “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Sem muito entender, aquele missionário assim o fez. O que será que uma mulher faria com um texto em vermelho se não o podia ler?
Quando surgiu isso em seu coração ela mesma não questionou e apenas solicitou que alguém assim o fizesse por ela. Conta a história que de alguma maneira ela conseguia chegar à porta da escola. Ao ouvir a chegada de algum aluno próximo de si, ela indagava: – Foi bem na aula de francês? Todos diziam que sim. Então ela pedia que lesse em francês João 3:16 e perguntava se entendia o que lia. Quando alguém dizia que não compreendia, ela apresentava o Evangelho a partir dessa passagem bíblica. Mais tarde descobriu-se que alguns alunos haviam sido salvos pelo testemunho da mulher cega e se tornaram pregadores do Evangelho de Cristo.
A mulher cega desenvolveu o dom que Deus lhe deu independente da sua deficiência física. No muito ou no pouco seja fiel com o dom que Deus lhe repartiu.
Conclusão
Que Deus nos ajude e nos encontre usando os dons que nos repartiu com responsabilidade, zelo e fidelidade. Que possamos ouvir do Senhor Jesus: “Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”.
Pr. Renato 

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