terça-feira, 17 de outubro de 2023

O manifesto de Deus!!!

    O Manifesto de Deus!!!


O nosso Senhor Deus nos deixou o registro de quem Ele é e de quem nós somos em um manifesto.

Um manifesto é a declaração documentada trazida a público que visa expressar a clara intenção do autor de esclarecer, sensibilizar e convencer.

Desta forma a Bíblia Sagrada é o manifesto de Deus para todos os homens. É a clara declaração pública de Deus para conhecimento da Sua Vontade para todos os homens.

De muitas manifestações divinas, quero destacar três.

A primeira manifestação de Deus a destacar é que ele TEM UM SÓ DESEJO para todos os homens.

É com clareza que está escrito em I Timóteo 2:4-5 que diz: “Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.

Qual é o desejo de Deus? Que os homens sejam salvos pelo conhecimento da verdade.

Essa resposta nos leva para outra pergunta - Salvos do quê? 

Vamos iniciar pelo fato de que o Senhor Jesus declarou que a Palavra de Deus é a verdade em João 17:17 que diz: Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.”

Sendo a Bíblia declarada a Palavra de Deus, então ela é a declaração da verdade. 

Continuando com esse raciocínio a Palavra de Deus declara em João 3:36 que: “Aquele que crê no Filho tem a VIDA ETERNA; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a IRA DE DEUS SOBRE ELE PERMANECE.”

A vida eterna está intimamente ligada àquele que crê em Jesus e Deus deseja que todos venham a crer em Jesus. O nosso Senhor Deus quer salvar os homens da condenação eterna.

Qual é a condenação? O Senhor Jesus no Evangelho de Mateus 23:33 declarou aos escribas e fariseus que não criam Nele qual é a condenação. Está escrito “Serpentes, raças de víboras! Como escapareis da condenação do INFERNO?”

Após entendermos o desejo de Deus veremos que a segunda manifestação de Deus a destacar é que HÁ UM SÓ SALVADOR para todos os homens. 

O ser humano de todas as épocas da história tem demonstrado a necessidade de adorar alguma divindade, ou seja, adorar um ser que está acima dos homens com poderes sobrenaturais.

A Palavra de Deus mostra que há só um Deus e um só mediador que pode salvar o homem e levá-lo ao céu para vida eterna, Jesus Cristo, o homem que morreu por nossos pecados e ressuscitou e está nos céus.

Volto a citar I Timóteo 2:4-5 que diz: “Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.”

A fala do Senhor Jesus reforça o fato de Ele ser o único mediador. O Senhor Jesus disse: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” João 14:6.

Em Atos 4:12 está escrito que: “Em  nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.”

Sendo Jesus o único Salvador iremos para a terceira manifestação de Deus a destacar que é: HÁ UM SÓ PREÇO aceito por Deus para salvar todos os homens. 

É preciso saber que há um preço para cumprir o desejo de Deus que quer que os homens sejam salvos e que há um preço pago pelo Salvador Jesus. 

Se falamos de um preço a ser pago logo vem a pergunta: pagar o preço do quê?

A Palavra de Deus diz que o pagamento, ou seja, o preço do pecado é a morte conforme está escrito em Romanos 3:23 que diz: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.”

O termo “Todos” não exclui nenhum dos homens. Logo todos os homens são pecadores, filhos da desobediência. O pecado original de Adão e Eva é desobedecer a Deus. 

O ser humano gera outro ser humano e transmite suas características geneticamente. Com esse raciocínio percebemos que nos foi transmitido geneticamente o pecado da desobediência a Deus. Nós somos arrogantes, presunçosos, em suma, pecadores.

É preciso lembrar que Jesus foi gerado no ventre de uma mulher, mas concebido pelo Deus Espírito Santo e desta maneira se fez homem perfeito e sem a mancha do pecado. O Senhor Jesus carrega as características de seu Pai que é Deus, sendo ele mesmo declarado o Deus Filho. 

Vamos ler I Timóteo 2:5-6 que diz: “Porque há um só Deus, um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.”

Não há o que podemos fazer para sermos salvos porque Deus só aceita o sangue de Jesus como pagamento do pecado. É por isso que precisamos reconhecer que somos pecadores e acreditar que Jesus é o presente de Deus para nós, crendo que Jesus morreu e derramou seu sangue na cruz por nós e crendo, somos salvos por Deus da condenação eterna por nós merecida.

Não há bens desta vida que possa pagar o preço, não há cultura que possa pagar o preço exigido por Deus, não há tradição recebida dos pais que pode ser aceito como pagamento por Deus. 

Por isso está escrito em I Pedro 1:18-19: “Sabendo que não foram coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado”.

Pense nisso! Deus deseja que os pecadores sejam salvos pelo Salvador Jesus crendo Nele.

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Pensamento sobre Deus.

 TEOLOGIA SISTEMÁTICA


 O que seria Teologia? Teologia é a junção de duas palavras gregas: Theós = Deus; Logos = palavra, estudo, tratado (no Evangelho de João logos = verbo). Teologia é o pensamento que o ser humano tem acerca de Deus. 

O que o homem, diante das informações atuais, pensa sobre Deus e sua relação com Ele? A Teologia pode mudar de acordo com a época. Nos dias atuais, época da igreja de Laodicéia, de grande apostasia, estamos observando as pessoas buscando Deus apenas como o meio de alcançar coisas deste mundo. O homem tem procurado religar a Deus de várias formas e por isso Têm surgido várias religiões e seitas na tentativa de religar com Deus pelos próprios esforços.

Por isso temos que focalizar o nosso entendimento de Deus através da Bíblia, ou seja, pela Teologia Bíblica, que rastreia o desenvolvimento histórico de uma doutrina e o modo como afetou a compreensão e aplicação daquela doutrina específica, focalizando o entendimento que os primeiros autores e ouvintes tinham de cada doutrina. 

A Teologia Sistemática faz uso do material da Teologia Bíblica e reúne ensinos de todas as passagens bíblicas sobre um assunto específico. Um exemplo é a oração. A Teologia Bíblica expões com minúcias com muito atenção, pormenorizada, o desenvolvimento histórico do ensino sobre a oração através da história do Velho Testamento e depois do Novo Testamento. A Teologia Sistemática sistematiza o que nos ensina a Bíblia como um todo sobre a oração.

A Teologia é de grande importância. Vejamos a sua importância:

  • Satisfaz a mente humanaMateus 22:37 “E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.”

  • Ajuda na formação do caráter – II Pedro 1:2-8 “(porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada),o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo. Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra.E esta é a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. Se dissermos que temos comunhão com ele e andarmos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.”

  • Serve para a pureza e defesa do Cristianismo – Hebreus 13:9 “Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas, porque bom é que o coração se fortifique com graça e não com manjares, que de nada aproveitaram aos que a eles se entregaram.”

  • Ajuda na propagação do Evangelho – Tito 1:9 “retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes.”

  • Fundamenta a prática Cristã – “E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.”


A Teologia Sistemática aborda assuntos como: Teologia (Estudo sobre Deus), Bibliologia (Estudo sobre a Bíblia), Cristologia (Estudo sobre Cristo), Pneumatologia (Estudo sobre o Espírito Santo), Angelologia Estudo sobre os Anjos), Antropologia (Estudo sobre o Homem), Harmatiologia Estudo sobre o Pecado), Soteriologia (Estudo sobre a Salvação) e Eclesiologia (Estudo sobre a Igreja).


terça-feira, 13 de junho de 2023

A Arqueologia e a História Bíblica

A ARQUEOLOGIA

  A Arqueologia é uma ferramenta que nos ajuda a compreender traços culturais e étnicos de um povo. Com o avanço das pesquisas arqueológicas surgiram muitos vestígios de diversas pessoas, lugares e acontecimentos registrados nas páginas da Bíblia. 

A arqueologia deve ser usada como forma de enriquecer o conhecimento bíblico. 

No passado acreditava-se geralmente que Abraão procedia diretamente de um povo nômade que vivia uma vida pastoril, muito afastado de grandes cidades e de concentrações de população. Ele nasceu em Ur dos Caldeus, como a Bíblia indica, criou-se em uma das metrópoles maiores, mais progressistas e mais importantes do mundo antigo. Ur era um próspero centro comercial e político muito antes e depois dos tempos de Abraão. A cidade situava-se à margem do Rio Eufrates, cercada de grandes muralhas e com aproximadamente 200 mil habitantes. Abraão deve ter atingido a maioridade numa cidade que era um dos centros mais altamente civilizados e progressistas daquele tempo. O arqueólogo Leonard Woolley, que encontrou muitas coisas interessantes em Ur, disse: "Vendo em que ambiente requintado passou a juventude, devemos modificar nossa concepção do patriarca hebreu", escreveu Woolley com entusiasmo "foi cidadão de uma grande cidade e herdou a tradição de uma civilização antiga e altamente organizada. As próprias casas denunciavam conforto, até mesmo luxo. Encontramos cópias de hinos relativos aos cultos do templo e, juntamente com eles, tabelas matemáticas. Nessas tabelas havia, ao lado de simples problemas de adição, fórmulas para a extração das raízes quadrada e cúbica. Em outros textos, os escribas haviam copiado as inscrições dos edifícios da cidade e compilado até uma resumida história do templo"!

Há também críticos da Bíblia que têm feito grandes esforços para negar a veracidade da Bíblia. No entanto esses Historiadores e Arqueólogos procuram e sempre comprovam que o que a Bíblia relata é pura e simplesmente a verdade. Mesmo assim muitos ainda rejeitam a verdade da Bíblia e procura algo mais a pesquisar para encontrar um erro. Podemos dizer que os que crêem não precisaram nada para comprovar, porque o Deus da Bíblia se apresenta apenas pela fé daqueles que crêem que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.

“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.” (Hebreus 11:6)

Quando deparar com um achado arqueológico, a exposição e a argumentação de quem o achou, passe pelo crivo da Bíblia. Se o achado for duvidoso ou contestador duvide do achado arqueológico e creia na Bíblia. A arqueologia é somente para enriquecer o nosso entendimento, mas não pode ser regra de fé.

Os Rolos do Mar Morto foi a maior descoberta arqueológica, que dá maior suporte aos estudiosos da Bíblia. A descoberta ocorreu na primavera de 1947 por um jovem pastor árabe, Muhammad Adh-Dhib, quando perseguia uma cabra, a 12 km ao sul de Jericó e 1500m a oeste do mar Morto. Em uma Gruta ele descobriu umas jarras que continham vários rolos de couro. Em fevereiro de 1956, foram feitas escavações próximo a Qumran, e foi encontrado quase todo o Velho Testamento. Nestas grutas os essênios, seita religiosa judaica que existia na época de Cristo, haviam guardado sua biblioteca. Quando a comunidade foi destruída pelo exército romano a biblioteca ficou soterrada.

Em 1902, uma expedição francesa descobriu, em Susã, o Código de Hamurabi, que os Assiriólogos identificam como o rei Anrafel de Gênesis 14. Em 1905, uma expedição Germânica descobriu a Sinagoga de Cafarnaum, onde Jesus ensinou muitas vezes, Marcos. 1:21,22: "Entraram em Cafarnaum, e, logo no sábado, indo ele à sinagoga, ali ensinava. E maravilharam-se da sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade e não como os escribas." Em 1908 -10, A Universidade de Harvard e a Universidade Hebraica de Jerusalém, descobriram a "Casa de Marfim" do rei Acabe, Am. 3:15. Em 1922-23, foi encontrada a "Fortaleza de Saul". I Samuel 10:26.

É certo que a Bíblia é a verdade e a Arqueologia vem para colaborar mas nós cremos em Deus pela fé em Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador.


terça-feira, 6 de junho de 2023

Geografia do Mundo Bíblico

A GEOGRAFIA DO MUNDO BÍBLICO

  Geografia vem das palavras gregas "geo" e "graphos" significando respectivamente Terra e escrever, descrição, tratado, estudo. Geografia é o estudo científico da Terra com o objetivo de descrever e analisar a variação de fenômenos físicos, biológicos e humanos que acontecem na superfície do globo terrestre, ou seja, estuda-se os acidentes físicos, o clima, as populações, as divisões políticas, dentre outros fatores. 

A Geografia do Mundo Bíblico ocupa-se com o estudo sistemático do cenário da revelação divina e da influência que teve o meio ambiente na vida de seus habitantes. 

Quando aprofundamos em conhecer os locais bíblicos por meio de mapas, costumes, agricultura, distâncias, os meios de transportes utilizados, linguagem, características dos povos antigos, conseguimos compreender melhor as Escrituras.

O Nosso Senhor Jesus usou das coisas do cotidiano daquela época para ensinar verdades espirituais. 

Quando percorremos as páginas da Bíblia é interessante estarmos sempre que possível munidos de mapas para haver uma melhor compreensão dos relatos Bíblicos. O livro de Jonas é um exemplo claro que quando compreendemos as distâncias existentes de um lugar a outro, os meios de locomoção, percebemos que Jonas ao ser cuspido pelo peixe grande, tinha uma grande caminha até chegar a Nínive, e que se não prestarmos atenção passamos de um versículo para outro sem percebe detalhes que são de grande importância. Outro detalhe é saber que tipo de civilização eram os povos antigos, e cabe saber que Nínive era capital da Assíria, povo que dominou o mundo antigo com grande requinte de crueldade. Daí temos uma idéia porque Jonas não queria ir pregar o arrependimento aos ninivitas.

A região que denominamos Mundo Antigo situa-se, hoje, nas regiões conhecidas como Oriente Médio e regiõezonas Mediterrânecas. A Mesopotâmia, Península Ibérica, Egito, Canaã, Europa estão nas principais áreas do mundo bíblico.

A Europa é importante cenário dos impérios e faz-se presente de forma efetiva nos livros do Novo Testamento. Portanto ser um estudante diligente é procurar ter sempre as mãos mapas e livros que nos apresentem informações sobre a geografia humana que estuda os agrupamentos e relações humanas, a geografia econômica que atenta ao estudo dos recursos econômicos, a geografia física que estuda os traços das diversas regiões da terra, e a geografia política que estuda a relação entre o poder de um país e sua geografia física e humana. A Bíblia é rica de detalhes nos aspectos geográficos, inclusive na parte de divisão política. Veja Lucas 3:1,2. 

E, no ano quinze do império de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia, e Herodes, tetrarca da Galiléia, e seu irmão Filipe, tetrarca da Ituréia e da província de Traconites, e Lisânias, tetrarca de Abilene, sendo Anás e Caifás sumos sacerdotes, veio no deserto a palavra de Deus a João, filho de Zacarias.” (Lucas 2:1,2)


terça-feira, 23 de maio de 2023

Por que as pessoas não estudam a Bíblia?

O ANALFABETISMO BÍBLICO

  Por que as pessoas não estudam a Bíblia? Há várias desculpas para as pessoas não estudarem a bíblia. Algumas pensam que ela é arcaica e desatualizada, outras porque não sabem ler da maneira correta em uma atualidade que é mais fácil assistir do que ler, outros porque acham serem leigos e a Bíblia é para profissional, alguns dizem não ter tempo mesmo acreditando que é importante estudá-la, e ainda há aqueles que não dão credibilidade colocando em dúvida os acontecimentos escritos na Bíblia.

Por que estudar a Bíblia? Primeiro é porque o estudo Bíblico é essencial para o crescimento. Em 1 Pedro 2:2 verificamos que necessitamos nos apropriar das escrituras para o sustento da vida espiritual, ter apetite pela palavra de Deus com o objetivo de ajudar a nos tornar à imagem de Cristo. Este é o meio de crescimento espiritual. Segundo é porque o estudo Bíblico é essencial à maturidade espiritual. Em Hebreus 5:11-14, destaca-se a palavra tempo. O tempo é essencial, quanto mais tempo disponibilizamos, mais poderemos distinguir o bem do mal, colocando em prática e sendo obediente a palavra de Deus. Destaca-se que uma das marcas da maturidade espiritual é o quanto você pratica das escrituras. Terceiro é porque o estudo Bíblico é essencial à eficácia espiritual. Em 2 Timóteo 3:16-17 vemos que as escrituras são inspiradas por Deus e útil para estruturar os pensamentos, para dizer quando estamos fora do limite, para correção, para ajudar a limpar o pecado e a aprender a se conformar à vontade de Deus, assim equipar-nos para toda a boa obra. É um treinamento para uma vida de justiça e Deus usa isso para mostrar como se deve viver.

 Para estudar a Bíblia e desfrutar dos benefícios, custará a aplicação de tempo, esforço e uma metodologia para produzir resultados. Para isso haverá um custo. Custo é o esforço, as escrituras não produzem seu fruto ao preguiçoso. Deve-se abrir a Deus, querer conhecê-lo intimamente. Deve-se abrir à mudança. A Bíblia foi escrita para mudar nossas vidas. 

COMO DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA

É importante descobrir o método adequado que nos ajude a apropriar-nos de uma experiência de fé crescente.

A palavra método é a junção de duas palavras gregas – meta = percorrer; (h)ódos = caminho, trilha. Método é o caminho que podemos percorrer a um determinado objetivo. Método é o jeito, a forma, a maneira que eu tenho para percorrer o caminho. 

O Método de Estudo Bíblico tem como objetivo produzir formação de ação, senso crítico de forma a fazer ligação da fé bíblica e a vida prática para que haja transformação, avaliar o crescimento e formar líderes engajados na obra do Senhor.

As pessoas não sabem ler, nem o que procurar. Vivemos em uma sociedade de expectadores, baseada na imagem. A mídia de nossa era é a televisão, não o livro, assim perdeu a arte de ler. Temos que ler a Bíblia sempre como se fosse a primeira vez, mesmo que tenhamos lido várias vezes o mesmo texto, há sempre descobertas a serem feitas.

Concentre totalmente. Aplique a mesma disciplina mental, a mesma concentração que aplicaria a qualquer assunto pelo qual tem interesse vital. A Bíblia não produz o seu fruto ao preguiçoso.

A genialidade da palavra de Deus é que ela tem poder sustentador. Leia livros inteiros de uma só vez, será capaz de apreciar a unidade de cada livro. Ler de uma só vez o ajudará a compreender o quadro geral do livro. Comece pelo inicio do livro, leia em diferentes traduções, ouça fitas das escrituras, leia em voz alta e estipule uma agenda para leitura bíblica.

Nada de bom acontece rápido, leia pacientemente, entre na leitura para ganhar sem a perspectiva de desistir. Trabalhe com um livro por um mês, parece muito tempo, mas não é. Observe a progressão de eventos ou idéias. Use de tempo nesses eventos ou idéias, estude características específicas em detalhes.  A verdade de Deus está lá, e você a encontrará se tão somente der tempo a si mesmo para ler pacientemente.

Faça perguntas ao texto (quem, onde, quando, por que, para quê?) e as responda. Quem são as pessoas no texto? O que diz a respeito da pessoa ou pessoas? Consulte outras passagens para aprender tudo sobre aquela pessoa. O que está acontecendo neste texto? Quais são os eventos? O que o escritor está tentando comunicar? O que está errado nessa situação? (exemplo: O rei Saul faz guerra contra os amalequitas em I Samuel 15. Se lermos o capítulo veremos que Saul havia obedecido ao Senhor, mas não completamente, obediência parcial é desobediência). Onde a narrativa está acontecendo? Onde estão as pessoas na história? De onde estão vindo? Para onde vão? Onde o escritor está? Onde estavam os leitores originais do texto? Quando o evento do texto acontece? Quando ocorreram em relação a outros eventos nas escrituras? Quando o escritor estava escrevendo? Por que isso foi incluído? Por que foi colocado aqui? Por que esta pessoa diz isso? Por que vem antes ou depois daquilo? Por que essa pessoa não diz nada? Que diferença faria se eu fosse aplicar esta verdade? Lembrem-se, as escrituras não foram escritas para satisfazer nossas curiosidades, mas para mudar nossas vidas. Não esqueça que a escritura interpreta a própria escritura, compare textos paralelos.

Aprenda a orar antes, durante e após a leitura das escrituras. Não tente imitar outros cristãos, irá apenas pegar todos os clichês, jargões, todas as senhas usadas por eles. A única coisa que move o Senhor nosso Deus é o nosso coração. Transforme a escritura em oração. Deus ama ser lembrado daquilo que prometeu. Então o faça, lembre-o, reclame suas promessas. Um ótimo exemplo é a oração de Neemias 1:4-11. 

Tenha fascínio pelos fatos, procure imaginar como se estivesse na pele daquelas pessoas, tente sentir com os seus dedos imaginativamente, tente entender os corações daquelas pessoas, tente entender o que elas pensam. Use diferentes traduções, reescreva o texto com suas próprias palavras, peça que alguém leia o texto em voz alta e tente captar algo que o leitor possa passar na sua forma de ler, varie seu ambiente, se possível relacione o lugar da escritura com seu ambiente para ler. Se a passagem descreve o lugar, procure um lugar se possível que possa se assemelhar. 

Não existe espiritualidade instantânea. A verdade bíblica deve permear sua mente de “dia e noite”. Josué 1:8. As escrituras ensinam o princípio básico que você se torna aquilo que pensa. Assim, tome cuidado com o que pensa. Provérbios 23:7. Meditação é um exercício ou disciplina mental que você pratica por todo o seu dia. Salmo 1:1-2; 119:97.

O efeito da palavra de Deus restaura a alma, pode lhe revigorar, dá sabedoria aos símplices. Quão desejoso você está de programar a sua mente com a sabedoria que as escrituras proveem?.

 A chave é o envolvimento pessoal e ativo, observe: “Quando ouço, esqueço. Quando vejo, lembro. Quando faço, entendo”. Por isso, reescreva o texto, dramatize se possível com familiares, estude biografias de personagem específico das escrituras, anote tudo, aproprie-se das escrituras. 

O espaço utilizado de um livro pode enfatizar algo. Exemplo é o livro de Gênesis: os primeiros onze capítulos cobrem a criação, a queda, o dilúvio, a torre de Babel e outros detalhes. Em contraste o escritor devota os capítulos 12 a 50 à vida de quatro indivíduos: Abraão, Isaque, Jacó e José. Ele dá ênfase e ensina que o mais importante no livro é a família que Deus escolheu para ser seu povo.

O propósito expresso enfatiza e conta-nos diretamente o que pretende. Exemplo é o livro de João 20:30-31, que o autor expressa que o livro foi escrito “para que creais que Jesus é o Cristo o filho de Deus, e para que, crendo tenhais vida em seu nome.”

A ordem em que são colocadas as coisas é uma maneira de se enfatizar algo. Observe Lucas 6:14-16. A ordem que narra à escolha dos doze discípulos: Simão Pedro e André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago filho de Alfeu e Simão zelote; Judas filho de Tiago; e Judas Iscariotes. Quem é mencionado primeiramente? Ao lado de quem? Quem é o último? O movimento do menor para o maior, e vice-versa. Um escritor irá freqüentemente desenvolver o texto até chegar ao clímax, onde apresenta informações chaves.

As escrituras constantemente repetem termos, expressões e orações para enfatizar sua importância. Exemplo o Salmo 136: O salmista repete – “porque sua misericórdia dura para sempre.” 

Personagens que reaparece. Exemplo: Barnabé, seu primeiro nome era José, mas os apóstolos o chamavam de Barnabé, significa filho da exortação. Quando alguém na igreja precisava de ajuda lá surgia Barnabé. (Atos 9:27; 11:22; 15:36-39).

As incidências e circunstâncias também enfatizam. No livro de juízes o escritor começa cada seção assim: “Fizeram os filhos de Israel o que era mau perante o Senhor”. Uma situação relacionada é um padrão que se repete: paralelos da vida de José e a vida de nosso Senhor; paralelos entre a experiência de Israel e a de Jesus. O uso de passagens do antigo testamento no novo testamento.

Todo livro das escrituras tem uma mensagem, tem propósito e significado. O estudo bíblico tem como objetivo ensiná-la, pregá-la, delineá-la, mas não podemos nos esquecer do principal motivo que é para sermos mudados por ela. A bíblia é a verdade atraente, é a verdade aplicada. Todos nós queremos a benção de Deus, para isso necessitamos aplicá-la em nossas vidas, deixá-la nos moldar na vontade de Deus, nos conformando com à imagem de Cristo nosso Senhor.

Quando conhecemos o texto, observamos e interpretamos da forma correta, sua aplicação provavelmente será correta. Quanto maior o entendimento, melhor será a capacidade de aplicá-la. Para tanto precisamos conhecer o texto, ter uma visão e conhecermos a nós mesmos, tendo conhecimento de nossas habilidades e fraquezas, para que a palavra de Deus nos molde ao desenvolvimento e crescimento espiritual.  A meditação é a chave para a mudança de ponto vista. A bíblia nos exorta em várias passagens a meditar. O objetivo definitivo do estudo bíblico é a prática da verdade. Quanto mais você entende, mais você usa; quanto mais você usa, mais quer entender. Para que a mudança comece a acontecer, precisamos tomar a decisão de querer mudar, estabelecendo um plano, vá até o fim. Em Filipenses 2:13 diz: “Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo sua boa vontade”. Mas a responsabilidade de fazer escolhas e tomar atitudes para crescer como crente é individual. Faça a decisão certa, e então Deus trabalha de maneiras conhecidas e ocultas para nos ajudar a nos tornarmos conforme à imagem de Cristo.


terça-feira, 16 de maio de 2023

O PLANO PROFÉTICO PARA ISRAEL, OS GENTIOS E OS REINOS

O PLANO PROFÉTICO PARA ISRAEL, OS GENTIOS E OS REINOS

Nas Escrituras encontramos o Plano profético Bíblico para Israel, os Gentios e os Reinos. Algumas seitas erroneamente acreditam que a Igreja substituiu Israel. Não podemos esquecer que Israel é o povo escolhido de Deus e tem a promessa do próprio Deus que não pode mentir, a promessa de Terra, Semente e Bênção que irá se cumprir plenamente.

“Depois, virá o fim, quando tiver entregado o Reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo império e toda potestade e força.” (I Coríntios 15:24)

Outro fator que não podemos esquecer é que nas profecias dadas no Velho Testamento não se conseguia contemplar o período da Igreja, conhecido como Picos da Montanha. Era como se o profeta diante das profecias passasse por cima dos vales onde está a Igreja e cumprisse em seu raciocínio a última semana de Daniel. Mas ficavam sem muita compreensão quando no mesmo texto profetizava duas vindas do Messias. O fato de as duas vindas do Messias haverem sido, por equívoco, concebidas como um único evento explica porque muitos judeus não aceitaram Jesus como seu Messias. 

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.” (Isaías 9:6,7)

O próprio Isaías em Isaías 9:6-7, não percebeu que se tratava de duas vindas distintas sendo descritas nessas palavras. Nós, que vivemos no período da Igreja, temos o privilégio de olhar para trás e perceber que algumas profecias foram cumpridas na primeira vinda de Cristo e outras somente serão cumpridas em Sua segunda vinda. 

No Livro de Daniel veremos as profecias sobre os Reinos Mundiais. Durante o cativeiro Babilônico, o rei Nabucodonosor teve um sonho que muito o perturbou por saber o seu sentido e Deus o revelou a Daniel.

“Mas há um Deus nos céus, o qual revela os segredos; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser no fim dos dias; o teu sonho e as visões da tua cabeça na tua cama são estas: Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram os teus pensamentos ao que há de ser depois disto. Aquele, pois, que revela os segredos te fez saber o que há de ser. E a mim me foi revelado este segredo, não porque haja em mim mais sabedoria do que em todos os viventes, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei e para que entendesses os pensamentos do teu coração. Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua; essa estátua, que era grande, e cujo esplendor era excelente, estava em pé diante de ti; e a sua vista era terrível. A cabeça daquela estátua era de ouro fino; o seu peito e os seus braços, de prata; o seu ventre e as suas coxas, de cobre; as pernas, de ferro; os seus pés, em parte de ferro e em parte de barro. Estavas vendo isso, quando uma pedra foi cortada, sem mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmiuçou.” (Daniel 2:28-34)

O sonho do Rei Nabucodonosor mostra exatamente que está escrito em Lucas 21:24: “Jerusalém será pisada pelos gentios, até que o tempo dos gentios se completem”, tempo que se completa na segunda vinda de Cristo.

Após o Império Babilônico, representada pela cabeça de ouro da estátua, não houve mais Rei em Israel, não houve mais Teocracia, agora o domínio é dos gentios cumprindo um propósito divino.

A Babilônia na antigüidade era conhecida como a cidade de ouro e assim como a cabeça, os babilônicos eram grandes pensadores, conhecedores de astrologia, astronomia e ciência.

Como no sonho do Rei a estátua tinha dois braços e o peitoral de prata, o segundo império foi uma aliança entre os Medos e Persas, que conquistaram a Babilônia. Eles eram muito hábeis com as mãos, especialistas em trabalhos manuais e construção.

Mais abaixo na estátua é localizado o ventre de bronze representando a Grécia que conquistou os Medos-Persas. Os gregos eram hedonistas, sempre em busca do prazer, simbolizado pelo ventre e os prazeres da carne.

Após o ventre tem as pernas de ferro representando o Império Romano. Assim como as duas pernas, era dividido no Império Ocidental e Oriental. Roma foi o que governou por mais tempo. Foi o império mais forte de todos os governos, governando o mundo por quase mil anos.

A última parte da estátua são os pés, feito de barro e ferro. Assim como o barro e o ferro não se misturam, o mundo tem sido governado por vários impérios ou nações, mas nenhum forte o suficiente para governar o mundo inteiro.

Para tanto haverá uma aliança entre esses governos, representados pelos governos da Europa, os quais tentarão formar um só poder mundial.

Essa união será esmiuçada pela pedra que foi cortada sem auxílio de mão e será lançada na estátua e crescerá em um grande monte. A pedra aqui representada é Jesus Cristo na sua Segunda Vinda.

“Este é o sonho; também a interpretação dele diremos na presença do rei. Tu, ó rei, és rei de reis, pois o Deus dos céus te tem dado o reino, e o poder, e a força, e a majestade. E, onde quer que habitem filhos de homens, animais do campo e aves do céu, ele tos entregou na tua mão e fez que dominasses sobre todos eles; tu és a cabeça de ouro. E, depois de ti, se levantará outro reino, inferior ao teu, e um terceiro reino, de metal, o qual terá domínio sobre toda a terra. E o quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro esmiúça e quebra tudo, como o ferro quebra todas as coisas, ele esmiuçará e quebrantará. E, quanto ao que viste dos pés e dos artelhos, em parte de barro de oleiro e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo, haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com barro de lodo. E, como os artelhos eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte e por outra será frágil. Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro se não mistura com o barro. Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos e será estabelecido para sempre. Da maneira como viste que do monte foi cortada uma pedra, sem mãos, e ela esmiuçou o ferro, o cobre, o barro, a prata e o ouro, o Deus grande fez saber ao rei o que há de ser depois disso; e certo é o sonho, e fiel a sua interpretação.” (Daniel 2:36-45)

A profecia termina com uma pedra caindo sobre os pés da estátua, bem no momento em que os reis tentavam se unir, o que simboliza a volta de Jesus que destruirá esses reinos.

A Europa sempre tentou se unir politicamente. Vários líderes como Carlos Magno, Napoleão, Hitler na tentativa de união fracassaram. A União será a última dessas tentativas. Daniel 2 afirma que no dia em que estes reis estiverem se unindo viria o fim.

OS ANIMAIS DE DANIEL 7 E 8

No livro de Daniel torna repetir os Reinos Mundiais nos capítulos 7 e 8 agora com figuras de animais.

Em Daniel 7:4 é apresentado o primeiro animal que era como Leão, trata-se do Império Babilônico. Os babilônicos mantiveram o domínio de todo o mar mediterrâneo até aproximadamente 539 a.C., quando foram vencidos pelos Medos-Persas.

O segundo reino é relatado em Daniel 7:5, são a Média e a Persa representados por um Urso. O Urso é mais fraco e mais lento que o Leão, porém mais voraz. Assim também os exércitos Medo-Persas se bem que mais fracos e lentos nas conquistas que os babilônicos, foram mais sanguinários que estes. As três costelas que o Urso tinha entre os dentes se refere as suas presas principais: Babilônia, Lídia e Egito. Essa sucessão de reinos também foi mostrada a Daniel no capítulo 8 de seu livro no qual um carneiro com duas pontas representa a Média e a Pérsia e um Bode que representa a Grécia. O Bode vence o Carneiro pisando com seus pés.

A Grécia conquistou os Medos-Persas com Alexandre o Grande, tornando-se o terceiro grande império universal. Após a morte de Alexandre o reino foi dividido em quatro, entre os seus principais generais: Cassandro, Seleucida, Lisímaco e Ptlomeu em cumprimento das quatro cabeças do animal relatado em Daniel 7:6. Na divisão do grandioso reino de Alexandre, Cassandro ficou com a Macedônia, Ptolomeu com o Egito, a Síria com a Palestina, Seleucida com o extremo oriente até as Índia, e Lisímaco obteve a Trácia e a Ásia menor ou a atual Turquia. O império Grego, enfraquecido por causa da divisão se tornaria presa fácil para o reino que viria, o Império Romano. Foi durante o Império Romano que nasceu o Messias.

O quarto animal relatado em Daniel 7:20 é um Besta-Fera que tinha unhas de metal. O Império Romano destruiu Jerusalém além de perseguir os cristãos por quase três séculos. Em Daniel 7:7 o profeta vê surgir 10 chifre da cabeça do quarto animal. Os dez chifres representam 10 reis que se levantarão daquele mesmo reino, paralelamente temos os 10 dedos da estátua que também simboliza a mesma coisa. Os chifres e os dedos simbolizam nações que formam um bloco comum, o Novo Império Romano Ocidental (NIRO). 

AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL

O ponto de partida da profecia se daria quando fosse baixado um decreto para reedificar Jerusalém. Três decretos foram registrados por Esdras, o profeta. O primeiro decreto de autoria do Rei Ciro. Essa lei permitiria um recenseamento dos judeus em Jerusalém e lhes dava permissão para reconstruir o santuário (Esdras 1:1-11). O segundo decreto foi emitido por Dario I. Sua proclamação apenas confirmava  o primeiro decreto (Esdras 6:6-12). O terceiro decreto é de autoria de Artaxerxes, e conferia a Esdras e Neemias plena autoridade política e religiosa para reconstruir Jerusalém. Esse decreto foi o único que de fato autorizava a reconstrução da cidade (Esdras 7:11-16; Neemias 2:4-20). 

De acordo com a profecia é dito a Daniel que “setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo.” Há seis coisas que devem acontecer durante as setenta semanas de sete anos que são as seguintes: Cessar a transgressão; Dar fim aos pecados; Expiar a iniqüidade; Trazer justiça eterna; Selar a visão e a profecia; Ungir o Altíssimo.

As 70 semanas (490 anos) estão divididas em três períodos de semanas, as quais são: sete semanas; e sessenta e duas semanas, e mais uma semana,  que se sucedem uma após outra.

As primeiras 69 semanas (483 anos) são contadas abrangendo a vida de Cristo até antes da sua crucificação.  

A morte de Cristo e a destruição de Jerusalém, ambas mencionadas nesta profecia, são eventos que acompanham o fechamento da 69ª semana e precedem o início da 70ª semana.

Esta 70ª semana está relacionada entre ao “príncipe que há de vir” (o Anticristo) e o povo de Daniel (Israel) que terminará somente na segunda vinda de Cristo.

A 70ª semana está dividida em duas partes. Será na metade dela que a aliança será quebrada. Os últimos três anos e meio são os mesmos citados em Daniel 7: 25, 12: 7 e em Apocalipse  12: 14, 13: 5. São 1260 dias ou 42 meses.

 “E depois de sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações. E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.” (Daniel 9: 26-27)

A palavra Messias diz respeito a Jesus Cristo. 

O povo do príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário. Este príncipe foi Tito dos Romanos. Eles é quem destruíram a cidade e o santuário e não os Judeus.

Este príncipe que há de vir é alguém definido no versículo 27, que traz consigo a abominação da desolação.

“E com os braços de uma inundação serão varridos de diante dele; e serão quebrantados, como também o príncipe da aliança. 23 E, depois do concerto com ele, usará de engano; e subirá, e será forte com pouca gente.” (Daniel 11: 22-23)

 “E este rei fará conforme a sua vontade, e levantar-se-á, e engrandecer-se-á sobre todo deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas espantosas, e será próspero, até que a ira se complete; porque aquilo que está determinado será feito. 37 E não terá respeito ao Deus de seus pais, nem terá respeito ao amor das mulheres, nem a deus algum, porque sobre tudo se engrandecerá.” (Daniel 11: 36-37)

O cumprimento de tudo isso se dará com a vinda do Anticristo, que foi mencionado pelo próprio Jesus ao citar Daniel 8:11-12  (Mateus 24:15 e Marcos 13: 14) 

“E se engrandeceu até contra o príncipe do exército; e por ele foi tirado o sacrifício contínuo, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra. E um exército foi dado contra o sacrifício contínuo, por causa da transgressão; e lançou a verdade por terra, e o fez, e prosperou.” (Daniel 8: 11-12)

Gráficos que ajudam a compreender as setenta semanas de Daniel.


VISÃO GERAL DAS DISPENSAÇÕES

No Livro de Gênesis capítulo 1 a 11, Deus trata com o homem de uma forma geral, não havia Israel e nem Igreja. Esse período compreende três dispensações. A primeira é a Dispensação da Inocência, que começa com a criação, Deus prova o homem exigindo a obediência. Mas o homem fracassou desobedecendo vindo o juízo de Deus, a maldição e a morte. O segundo é a Dispensação da Consciência, que começa com a queda e expulsão do Éden, Deus prova o homem exigindo que o homem agora conhecedor do bem e do mal, faça o bem. O fracasso do homem foi preferir a impiedade, vindo o juízo de Deus, o Dilúvio. A terceira é a Dispensação do Governo Humano, que começa após o dilúvio, Deus prova o homem exigindo que se espalhe. Mais uma vez o homem fracassa e prefere ajuntar e constrói a torre, vindo o juízo de Deus, Babel, a confusão de línguas.   

De Gênesis 12 a Atos 2, Deus trata com um povo em específico, Israel. O povo de Israel teve dois períodos ou dispensações. A primeira foi a Dispensação da Promessa, que começa com a promessa dada a Abraão, e Deus prova exigindo crer, mas Abraão preferiu dar uma mãozinha e teve Ismael com Agar, não creu naquele momento, vindo o juízo de Deus, perecer, como pereceram 400 anos como escravos no Egito. A segunda é a Dispensação da Lei, começa com a entrega da lei a Moisés, Deus prova o homem exigindo a obediência a Lei, mas o homem preferiu quebrar a Lei, vindo o juízo de Deus, a Dispersão.

Em Atos 2 a Apocalipse 3 encontramos o período da Igreja a Dispensação da Graça. A morte, ressurreição, assunção de Jesus Cristo e a descida do Espirito Santo, inaugura a Dispensação da Graça, Deus prova o homem exigindo que permaneçam na Doutrina Certa, mas muitos preferem a apostasia, distorcer a Palavra de Deus ou viverem o seu próprio curso da vida, virá então o Juízo de Deus, a perdição eterna para os que rejeitaram a Cristo.

Em Romanos 1:18-32, observamos o que ocorre em todos os períodos. Depois da Dispensação da Graça, terá a última dispensação, a Dispensação do Reino Milenar. A última prova de Deus para o homem, sem maldição e veremos mais uma vez o homem se rebelar.

“Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça;porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém! Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém; estando cheios de toda iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem”. (Romanos 1:18-32)

Com o final da tribulação e a segunda vinda de Jesus Cristo, inaugura o Reino Milenar. A última prova para o homem é obedecer o Rei Jesus Cristo, mas o fracasso é a rebelião final e o julgamento de Deus será o Lago de Fogo.

No fim do Milênio Satanás que estava preso foi solto ainda por um pouco de tempo para enganar as nações. Jesus Cristo o derrota e Satanás é lançado no Lago de Fogo. Todos os que rejeitaram a Jesus Cristo são levados para o Grande Trono Branco, na presença de Deus e serão lançados no Lago de Fogo. Novos Céus e Nova Terra são feitos e entra-se na Eternidade.