terça-feira, 23 de maio de 2023

Por que as pessoas não estudam a Bíblia?

O ANALFABETISMO BÍBLICO

  Por que as pessoas não estudam a Bíblia? Há várias desculpas para as pessoas não estudarem a bíblia. Algumas pensam que ela é arcaica e desatualizada, outras porque não sabem ler da maneira correta em uma atualidade que é mais fácil assistir do que ler, outros porque acham serem leigos e a Bíblia é para profissional, alguns dizem não ter tempo mesmo acreditando que é importante estudá-la, e ainda há aqueles que não dão credibilidade colocando em dúvida os acontecimentos escritos na Bíblia.

Por que estudar a Bíblia? Primeiro é porque o estudo Bíblico é essencial para o crescimento. Em 1 Pedro 2:2 verificamos que necessitamos nos apropriar das escrituras para o sustento da vida espiritual, ter apetite pela palavra de Deus com o objetivo de ajudar a nos tornar à imagem de Cristo. Este é o meio de crescimento espiritual. Segundo é porque o estudo Bíblico é essencial à maturidade espiritual. Em Hebreus 5:11-14, destaca-se a palavra tempo. O tempo é essencial, quanto mais tempo disponibilizamos, mais poderemos distinguir o bem do mal, colocando em prática e sendo obediente a palavra de Deus. Destaca-se que uma das marcas da maturidade espiritual é o quanto você pratica das escrituras. Terceiro é porque o estudo Bíblico é essencial à eficácia espiritual. Em 2 Timóteo 3:16-17 vemos que as escrituras são inspiradas por Deus e útil para estruturar os pensamentos, para dizer quando estamos fora do limite, para correção, para ajudar a limpar o pecado e a aprender a se conformar à vontade de Deus, assim equipar-nos para toda a boa obra. É um treinamento para uma vida de justiça e Deus usa isso para mostrar como se deve viver.

 Para estudar a Bíblia e desfrutar dos benefícios, custará a aplicação de tempo, esforço e uma metodologia para produzir resultados. Para isso haverá um custo. Custo é o esforço, as escrituras não produzem seu fruto ao preguiçoso. Deve-se abrir a Deus, querer conhecê-lo intimamente. Deve-se abrir à mudança. A Bíblia foi escrita para mudar nossas vidas. 

COMO DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA

É importante descobrir o método adequado que nos ajude a apropriar-nos de uma experiência de fé crescente.

A palavra método é a junção de duas palavras gregas – meta = percorrer; (h)ódos = caminho, trilha. Método é o caminho que podemos percorrer a um determinado objetivo. Método é o jeito, a forma, a maneira que eu tenho para percorrer o caminho. 

O Método de Estudo Bíblico tem como objetivo produzir formação de ação, senso crítico de forma a fazer ligação da fé bíblica e a vida prática para que haja transformação, avaliar o crescimento e formar líderes engajados na obra do Senhor.

As pessoas não sabem ler, nem o que procurar. Vivemos em uma sociedade de expectadores, baseada na imagem. A mídia de nossa era é a televisão, não o livro, assim perdeu a arte de ler. Temos que ler a Bíblia sempre como se fosse a primeira vez, mesmo que tenhamos lido várias vezes o mesmo texto, há sempre descobertas a serem feitas.

Concentre totalmente. Aplique a mesma disciplina mental, a mesma concentração que aplicaria a qualquer assunto pelo qual tem interesse vital. A Bíblia não produz o seu fruto ao preguiçoso.

A genialidade da palavra de Deus é que ela tem poder sustentador. Leia livros inteiros de uma só vez, será capaz de apreciar a unidade de cada livro. Ler de uma só vez o ajudará a compreender o quadro geral do livro. Comece pelo inicio do livro, leia em diferentes traduções, ouça fitas das escrituras, leia em voz alta e estipule uma agenda para leitura bíblica.

Nada de bom acontece rápido, leia pacientemente, entre na leitura para ganhar sem a perspectiva de desistir. Trabalhe com um livro por um mês, parece muito tempo, mas não é. Observe a progressão de eventos ou idéias. Use de tempo nesses eventos ou idéias, estude características específicas em detalhes.  A verdade de Deus está lá, e você a encontrará se tão somente der tempo a si mesmo para ler pacientemente.

Faça perguntas ao texto (quem, onde, quando, por que, para quê?) e as responda. Quem são as pessoas no texto? O que diz a respeito da pessoa ou pessoas? Consulte outras passagens para aprender tudo sobre aquela pessoa. O que está acontecendo neste texto? Quais são os eventos? O que o escritor está tentando comunicar? O que está errado nessa situação? (exemplo: O rei Saul faz guerra contra os amalequitas em I Samuel 15. Se lermos o capítulo veremos que Saul havia obedecido ao Senhor, mas não completamente, obediência parcial é desobediência). Onde a narrativa está acontecendo? Onde estão as pessoas na história? De onde estão vindo? Para onde vão? Onde o escritor está? Onde estavam os leitores originais do texto? Quando o evento do texto acontece? Quando ocorreram em relação a outros eventos nas escrituras? Quando o escritor estava escrevendo? Por que isso foi incluído? Por que foi colocado aqui? Por que esta pessoa diz isso? Por que vem antes ou depois daquilo? Por que essa pessoa não diz nada? Que diferença faria se eu fosse aplicar esta verdade? Lembrem-se, as escrituras não foram escritas para satisfazer nossas curiosidades, mas para mudar nossas vidas. Não esqueça que a escritura interpreta a própria escritura, compare textos paralelos.

Aprenda a orar antes, durante e após a leitura das escrituras. Não tente imitar outros cristãos, irá apenas pegar todos os clichês, jargões, todas as senhas usadas por eles. A única coisa que move o Senhor nosso Deus é o nosso coração. Transforme a escritura em oração. Deus ama ser lembrado daquilo que prometeu. Então o faça, lembre-o, reclame suas promessas. Um ótimo exemplo é a oração de Neemias 1:4-11. 

Tenha fascínio pelos fatos, procure imaginar como se estivesse na pele daquelas pessoas, tente sentir com os seus dedos imaginativamente, tente entender os corações daquelas pessoas, tente entender o que elas pensam. Use diferentes traduções, reescreva o texto com suas próprias palavras, peça que alguém leia o texto em voz alta e tente captar algo que o leitor possa passar na sua forma de ler, varie seu ambiente, se possível relacione o lugar da escritura com seu ambiente para ler. Se a passagem descreve o lugar, procure um lugar se possível que possa se assemelhar. 

Não existe espiritualidade instantânea. A verdade bíblica deve permear sua mente de “dia e noite”. Josué 1:8. As escrituras ensinam o princípio básico que você se torna aquilo que pensa. Assim, tome cuidado com o que pensa. Provérbios 23:7. Meditação é um exercício ou disciplina mental que você pratica por todo o seu dia. Salmo 1:1-2; 119:97.

O efeito da palavra de Deus restaura a alma, pode lhe revigorar, dá sabedoria aos símplices. Quão desejoso você está de programar a sua mente com a sabedoria que as escrituras proveem?.

 A chave é o envolvimento pessoal e ativo, observe: “Quando ouço, esqueço. Quando vejo, lembro. Quando faço, entendo”. Por isso, reescreva o texto, dramatize se possível com familiares, estude biografias de personagem específico das escrituras, anote tudo, aproprie-se das escrituras. 

O espaço utilizado de um livro pode enfatizar algo. Exemplo é o livro de Gênesis: os primeiros onze capítulos cobrem a criação, a queda, o dilúvio, a torre de Babel e outros detalhes. Em contraste o escritor devota os capítulos 12 a 50 à vida de quatro indivíduos: Abraão, Isaque, Jacó e José. Ele dá ênfase e ensina que o mais importante no livro é a família que Deus escolheu para ser seu povo.

O propósito expresso enfatiza e conta-nos diretamente o que pretende. Exemplo é o livro de João 20:30-31, que o autor expressa que o livro foi escrito “para que creais que Jesus é o Cristo o filho de Deus, e para que, crendo tenhais vida em seu nome.”

A ordem em que são colocadas as coisas é uma maneira de se enfatizar algo. Observe Lucas 6:14-16. A ordem que narra à escolha dos doze discípulos: Simão Pedro e André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago filho de Alfeu e Simão zelote; Judas filho de Tiago; e Judas Iscariotes. Quem é mencionado primeiramente? Ao lado de quem? Quem é o último? O movimento do menor para o maior, e vice-versa. Um escritor irá freqüentemente desenvolver o texto até chegar ao clímax, onde apresenta informações chaves.

As escrituras constantemente repetem termos, expressões e orações para enfatizar sua importância. Exemplo o Salmo 136: O salmista repete – “porque sua misericórdia dura para sempre.” 

Personagens que reaparece. Exemplo: Barnabé, seu primeiro nome era José, mas os apóstolos o chamavam de Barnabé, significa filho da exortação. Quando alguém na igreja precisava de ajuda lá surgia Barnabé. (Atos 9:27; 11:22; 15:36-39).

As incidências e circunstâncias também enfatizam. No livro de juízes o escritor começa cada seção assim: “Fizeram os filhos de Israel o que era mau perante o Senhor”. Uma situação relacionada é um padrão que se repete: paralelos da vida de José e a vida de nosso Senhor; paralelos entre a experiência de Israel e a de Jesus. O uso de passagens do antigo testamento no novo testamento.

Todo livro das escrituras tem uma mensagem, tem propósito e significado. O estudo bíblico tem como objetivo ensiná-la, pregá-la, delineá-la, mas não podemos nos esquecer do principal motivo que é para sermos mudados por ela. A bíblia é a verdade atraente, é a verdade aplicada. Todos nós queremos a benção de Deus, para isso necessitamos aplicá-la em nossas vidas, deixá-la nos moldar na vontade de Deus, nos conformando com à imagem de Cristo nosso Senhor.

Quando conhecemos o texto, observamos e interpretamos da forma correta, sua aplicação provavelmente será correta. Quanto maior o entendimento, melhor será a capacidade de aplicá-la. Para tanto precisamos conhecer o texto, ter uma visão e conhecermos a nós mesmos, tendo conhecimento de nossas habilidades e fraquezas, para que a palavra de Deus nos molde ao desenvolvimento e crescimento espiritual.  A meditação é a chave para a mudança de ponto vista. A bíblia nos exorta em várias passagens a meditar. O objetivo definitivo do estudo bíblico é a prática da verdade. Quanto mais você entende, mais você usa; quanto mais você usa, mais quer entender. Para que a mudança comece a acontecer, precisamos tomar a decisão de querer mudar, estabelecendo um plano, vá até o fim. Em Filipenses 2:13 diz: “Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo sua boa vontade”. Mas a responsabilidade de fazer escolhas e tomar atitudes para crescer como crente é individual. Faça a decisão certa, e então Deus trabalha de maneiras conhecidas e ocultas para nos ajudar a nos tornarmos conforme à imagem de Cristo.


terça-feira, 16 de maio de 2023

O PLANO PROFÉTICO PARA ISRAEL, OS GENTIOS E OS REINOS

O PLANO PROFÉTICO PARA ISRAEL, OS GENTIOS E OS REINOS

Nas Escrituras encontramos o Plano profético Bíblico para Israel, os Gentios e os Reinos. Algumas seitas erroneamente acreditam que a Igreja substituiu Israel. Não podemos esquecer que Israel é o povo escolhido de Deus e tem a promessa do próprio Deus que não pode mentir, a promessa de Terra, Semente e Bênção que irá se cumprir plenamente.

“Depois, virá o fim, quando tiver entregado o Reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo império e toda potestade e força.” (I Coríntios 15:24)

Outro fator que não podemos esquecer é que nas profecias dadas no Velho Testamento não se conseguia contemplar o período da Igreja, conhecido como Picos da Montanha. Era como se o profeta diante das profecias passasse por cima dos vales onde está a Igreja e cumprisse em seu raciocínio a última semana de Daniel. Mas ficavam sem muita compreensão quando no mesmo texto profetizava duas vindas do Messias. O fato de as duas vindas do Messias haverem sido, por equívoco, concebidas como um único evento explica porque muitos judeus não aceitaram Jesus como seu Messias. 

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.” (Isaías 9:6,7)

O próprio Isaías em Isaías 9:6-7, não percebeu que se tratava de duas vindas distintas sendo descritas nessas palavras. Nós, que vivemos no período da Igreja, temos o privilégio de olhar para trás e perceber que algumas profecias foram cumpridas na primeira vinda de Cristo e outras somente serão cumpridas em Sua segunda vinda. 

No Livro de Daniel veremos as profecias sobre os Reinos Mundiais. Durante o cativeiro Babilônico, o rei Nabucodonosor teve um sonho que muito o perturbou por saber o seu sentido e Deus o revelou a Daniel.

“Mas há um Deus nos céus, o qual revela os segredos; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser no fim dos dias; o teu sonho e as visões da tua cabeça na tua cama são estas: Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram os teus pensamentos ao que há de ser depois disto. Aquele, pois, que revela os segredos te fez saber o que há de ser. E a mim me foi revelado este segredo, não porque haja em mim mais sabedoria do que em todos os viventes, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei e para que entendesses os pensamentos do teu coração. Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua; essa estátua, que era grande, e cujo esplendor era excelente, estava em pé diante de ti; e a sua vista era terrível. A cabeça daquela estátua era de ouro fino; o seu peito e os seus braços, de prata; o seu ventre e as suas coxas, de cobre; as pernas, de ferro; os seus pés, em parte de ferro e em parte de barro. Estavas vendo isso, quando uma pedra foi cortada, sem mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmiuçou.” (Daniel 2:28-34)

O sonho do Rei Nabucodonosor mostra exatamente que está escrito em Lucas 21:24: “Jerusalém será pisada pelos gentios, até que o tempo dos gentios se completem”, tempo que se completa na segunda vinda de Cristo.

Após o Império Babilônico, representada pela cabeça de ouro da estátua, não houve mais Rei em Israel, não houve mais Teocracia, agora o domínio é dos gentios cumprindo um propósito divino.

A Babilônia na antigüidade era conhecida como a cidade de ouro e assim como a cabeça, os babilônicos eram grandes pensadores, conhecedores de astrologia, astronomia e ciência.

Como no sonho do Rei a estátua tinha dois braços e o peitoral de prata, o segundo império foi uma aliança entre os Medos e Persas, que conquistaram a Babilônia. Eles eram muito hábeis com as mãos, especialistas em trabalhos manuais e construção.

Mais abaixo na estátua é localizado o ventre de bronze representando a Grécia que conquistou os Medos-Persas. Os gregos eram hedonistas, sempre em busca do prazer, simbolizado pelo ventre e os prazeres da carne.

Após o ventre tem as pernas de ferro representando o Império Romano. Assim como as duas pernas, era dividido no Império Ocidental e Oriental. Roma foi o que governou por mais tempo. Foi o império mais forte de todos os governos, governando o mundo por quase mil anos.

A última parte da estátua são os pés, feito de barro e ferro. Assim como o barro e o ferro não se misturam, o mundo tem sido governado por vários impérios ou nações, mas nenhum forte o suficiente para governar o mundo inteiro.

Para tanto haverá uma aliança entre esses governos, representados pelos governos da Europa, os quais tentarão formar um só poder mundial.

Essa união será esmiuçada pela pedra que foi cortada sem auxílio de mão e será lançada na estátua e crescerá em um grande monte. A pedra aqui representada é Jesus Cristo na sua Segunda Vinda.

“Este é o sonho; também a interpretação dele diremos na presença do rei. Tu, ó rei, és rei de reis, pois o Deus dos céus te tem dado o reino, e o poder, e a força, e a majestade. E, onde quer que habitem filhos de homens, animais do campo e aves do céu, ele tos entregou na tua mão e fez que dominasses sobre todos eles; tu és a cabeça de ouro. E, depois de ti, se levantará outro reino, inferior ao teu, e um terceiro reino, de metal, o qual terá domínio sobre toda a terra. E o quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro esmiúça e quebra tudo, como o ferro quebra todas as coisas, ele esmiuçará e quebrantará. E, quanto ao que viste dos pés e dos artelhos, em parte de barro de oleiro e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo, haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com barro de lodo. E, como os artelhos eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte e por outra será frágil. Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro se não mistura com o barro. Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos e será estabelecido para sempre. Da maneira como viste que do monte foi cortada uma pedra, sem mãos, e ela esmiuçou o ferro, o cobre, o barro, a prata e o ouro, o Deus grande fez saber ao rei o que há de ser depois disso; e certo é o sonho, e fiel a sua interpretação.” (Daniel 2:36-45)

A profecia termina com uma pedra caindo sobre os pés da estátua, bem no momento em que os reis tentavam se unir, o que simboliza a volta de Jesus que destruirá esses reinos.

A Europa sempre tentou se unir politicamente. Vários líderes como Carlos Magno, Napoleão, Hitler na tentativa de união fracassaram. A União será a última dessas tentativas. Daniel 2 afirma que no dia em que estes reis estiverem se unindo viria o fim.

OS ANIMAIS DE DANIEL 7 E 8

No livro de Daniel torna repetir os Reinos Mundiais nos capítulos 7 e 8 agora com figuras de animais.

Em Daniel 7:4 é apresentado o primeiro animal que era como Leão, trata-se do Império Babilônico. Os babilônicos mantiveram o domínio de todo o mar mediterrâneo até aproximadamente 539 a.C., quando foram vencidos pelos Medos-Persas.

O segundo reino é relatado em Daniel 7:5, são a Média e a Persa representados por um Urso. O Urso é mais fraco e mais lento que o Leão, porém mais voraz. Assim também os exércitos Medo-Persas se bem que mais fracos e lentos nas conquistas que os babilônicos, foram mais sanguinários que estes. As três costelas que o Urso tinha entre os dentes se refere as suas presas principais: Babilônia, Lídia e Egito. Essa sucessão de reinos também foi mostrada a Daniel no capítulo 8 de seu livro no qual um carneiro com duas pontas representa a Média e a Pérsia e um Bode que representa a Grécia. O Bode vence o Carneiro pisando com seus pés.

A Grécia conquistou os Medos-Persas com Alexandre o Grande, tornando-se o terceiro grande império universal. Após a morte de Alexandre o reino foi dividido em quatro, entre os seus principais generais: Cassandro, Seleucida, Lisímaco e Ptlomeu em cumprimento das quatro cabeças do animal relatado em Daniel 7:6. Na divisão do grandioso reino de Alexandre, Cassandro ficou com a Macedônia, Ptolomeu com o Egito, a Síria com a Palestina, Seleucida com o extremo oriente até as Índia, e Lisímaco obteve a Trácia e a Ásia menor ou a atual Turquia. O império Grego, enfraquecido por causa da divisão se tornaria presa fácil para o reino que viria, o Império Romano. Foi durante o Império Romano que nasceu o Messias.

O quarto animal relatado em Daniel 7:20 é um Besta-Fera que tinha unhas de metal. O Império Romano destruiu Jerusalém além de perseguir os cristãos por quase três séculos. Em Daniel 7:7 o profeta vê surgir 10 chifre da cabeça do quarto animal. Os dez chifres representam 10 reis que se levantarão daquele mesmo reino, paralelamente temos os 10 dedos da estátua que também simboliza a mesma coisa. Os chifres e os dedos simbolizam nações que formam um bloco comum, o Novo Império Romano Ocidental (NIRO). 

AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL

O ponto de partida da profecia se daria quando fosse baixado um decreto para reedificar Jerusalém. Três decretos foram registrados por Esdras, o profeta. O primeiro decreto de autoria do Rei Ciro. Essa lei permitiria um recenseamento dos judeus em Jerusalém e lhes dava permissão para reconstruir o santuário (Esdras 1:1-11). O segundo decreto foi emitido por Dario I. Sua proclamação apenas confirmava  o primeiro decreto (Esdras 6:6-12). O terceiro decreto é de autoria de Artaxerxes, e conferia a Esdras e Neemias plena autoridade política e religiosa para reconstruir Jerusalém. Esse decreto foi o único que de fato autorizava a reconstrução da cidade (Esdras 7:11-16; Neemias 2:4-20). 

De acordo com a profecia é dito a Daniel que “setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo.” Há seis coisas que devem acontecer durante as setenta semanas de sete anos que são as seguintes: Cessar a transgressão; Dar fim aos pecados; Expiar a iniqüidade; Trazer justiça eterna; Selar a visão e a profecia; Ungir o Altíssimo.

As 70 semanas (490 anos) estão divididas em três períodos de semanas, as quais são: sete semanas; e sessenta e duas semanas, e mais uma semana,  que se sucedem uma após outra.

As primeiras 69 semanas (483 anos) são contadas abrangendo a vida de Cristo até antes da sua crucificação.  

A morte de Cristo e a destruição de Jerusalém, ambas mencionadas nesta profecia, são eventos que acompanham o fechamento da 69ª semana e precedem o início da 70ª semana.

Esta 70ª semana está relacionada entre ao “príncipe que há de vir” (o Anticristo) e o povo de Daniel (Israel) que terminará somente na segunda vinda de Cristo.

A 70ª semana está dividida em duas partes. Será na metade dela que a aliança será quebrada. Os últimos três anos e meio são os mesmos citados em Daniel 7: 25, 12: 7 e em Apocalipse  12: 14, 13: 5. São 1260 dias ou 42 meses.

 “E depois de sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações. E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.” (Daniel 9: 26-27)

A palavra Messias diz respeito a Jesus Cristo. 

O povo do príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário. Este príncipe foi Tito dos Romanos. Eles é quem destruíram a cidade e o santuário e não os Judeus.

Este príncipe que há de vir é alguém definido no versículo 27, que traz consigo a abominação da desolação.

“E com os braços de uma inundação serão varridos de diante dele; e serão quebrantados, como também o príncipe da aliança. 23 E, depois do concerto com ele, usará de engano; e subirá, e será forte com pouca gente.” (Daniel 11: 22-23)

 “E este rei fará conforme a sua vontade, e levantar-se-á, e engrandecer-se-á sobre todo deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas espantosas, e será próspero, até que a ira se complete; porque aquilo que está determinado será feito. 37 E não terá respeito ao Deus de seus pais, nem terá respeito ao amor das mulheres, nem a deus algum, porque sobre tudo se engrandecerá.” (Daniel 11: 36-37)

O cumprimento de tudo isso se dará com a vinda do Anticristo, que foi mencionado pelo próprio Jesus ao citar Daniel 8:11-12  (Mateus 24:15 e Marcos 13: 14) 

“E se engrandeceu até contra o príncipe do exército; e por ele foi tirado o sacrifício contínuo, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra. E um exército foi dado contra o sacrifício contínuo, por causa da transgressão; e lançou a verdade por terra, e o fez, e prosperou.” (Daniel 8: 11-12)

Gráficos que ajudam a compreender as setenta semanas de Daniel.


VISÃO GERAL DAS DISPENSAÇÕES

No Livro de Gênesis capítulo 1 a 11, Deus trata com o homem de uma forma geral, não havia Israel e nem Igreja. Esse período compreende três dispensações. A primeira é a Dispensação da Inocência, que começa com a criação, Deus prova o homem exigindo a obediência. Mas o homem fracassou desobedecendo vindo o juízo de Deus, a maldição e a morte. O segundo é a Dispensação da Consciência, que começa com a queda e expulsão do Éden, Deus prova o homem exigindo que o homem agora conhecedor do bem e do mal, faça o bem. O fracasso do homem foi preferir a impiedade, vindo o juízo de Deus, o Dilúvio. A terceira é a Dispensação do Governo Humano, que começa após o dilúvio, Deus prova o homem exigindo que se espalhe. Mais uma vez o homem fracassa e prefere ajuntar e constrói a torre, vindo o juízo de Deus, Babel, a confusão de línguas.   

De Gênesis 12 a Atos 2, Deus trata com um povo em específico, Israel. O povo de Israel teve dois períodos ou dispensações. A primeira foi a Dispensação da Promessa, que começa com a promessa dada a Abraão, e Deus prova exigindo crer, mas Abraão preferiu dar uma mãozinha e teve Ismael com Agar, não creu naquele momento, vindo o juízo de Deus, perecer, como pereceram 400 anos como escravos no Egito. A segunda é a Dispensação da Lei, começa com a entrega da lei a Moisés, Deus prova o homem exigindo a obediência a Lei, mas o homem preferiu quebrar a Lei, vindo o juízo de Deus, a Dispersão.

Em Atos 2 a Apocalipse 3 encontramos o período da Igreja a Dispensação da Graça. A morte, ressurreição, assunção de Jesus Cristo e a descida do Espirito Santo, inaugura a Dispensação da Graça, Deus prova o homem exigindo que permaneçam na Doutrina Certa, mas muitos preferem a apostasia, distorcer a Palavra de Deus ou viverem o seu próprio curso da vida, virá então o Juízo de Deus, a perdição eterna para os que rejeitaram a Cristo.

Em Romanos 1:18-32, observamos o que ocorre em todos os períodos. Depois da Dispensação da Graça, terá a última dispensação, a Dispensação do Reino Milenar. A última prova de Deus para o homem, sem maldição e veremos mais uma vez o homem se rebelar.

“Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça;porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém! Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém; estando cheios de toda iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem”. (Romanos 1:18-32)

Com o final da tribulação e a segunda vinda de Jesus Cristo, inaugura o Reino Milenar. A última prova para o homem é obedecer o Rei Jesus Cristo, mas o fracasso é a rebelião final e o julgamento de Deus será o Lago de Fogo.

No fim do Milênio Satanás que estava preso foi solto ainda por um pouco de tempo para enganar as nações. Jesus Cristo o derrota e Satanás é lançado no Lago de Fogo. Todos os que rejeitaram a Jesus Cristo são levados para o Grande Trono Branco, na presença de Deus e serão lançados no Lago de Fogo. Novos Céus e Nova Terra são feitos e entra-se na Eternidade. 


terça-feira, 9 de maio de 2023

VISÃO GERAL DO PLANO PROFÉTICO BÍBLICO

VISÃO GERAL DO PLANO PROFÉTICO BÍBLICO

A Palavra de Deus apresenta um plano profético para três grupos de pessoas.

"Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos (gentios), nem à igreja de Deus.”(I Coríntios 10:32)

Há um  plano profético bíblico para os Judeus, Jesus Cristo Rei de Israel, para a Igreja, Jesus Cristo Senhor da Igreja e para os gentios, Jesus Cristo, o Juiz das Nações. Podemos perceber que tudo se cumpre em Jesus Cristo.

No Livro de Gênesis do capítulo 1 ao 11, Deus trata com as pessoas de uma forma geral. Não havia ainda a nação de Israel e nem a Igreja. A Igreja era ainda um mistério que haveria de ser revelado por Deus.

“A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo  e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou;  para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus, nosso Senhor, no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele.” (Efésios 3:8-12)

No Livro de Gênesis do capítulo 12 ao Livro de Atos capítulo 2, Deus tratou com Israel, a igreja não existia ainda. No Livro de Atos capítulo 2 a Apocalipse 3, Deus trata com a Igreja.  

Com a vinda de Jesus Cristo, sua morte e ressurreição começa o período da Igreja que vai de Atos capítulo 2 a Apocalipse 3:22.

AS ÉPOCAS DA IGREJA

Com Cristo glorificado e com a descida do Espírito Santo, começa o período da Igreja. Existiram sete Igrejas na Ásia Menor, hoje atual Turquia, que tiveram características diferentes. As Igrejas são: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. Quando dividimos a história humana em períodos onde determinada característica predominou na Igreja de Cristo, conseguimos ver conforme Apocalipse 2 e 3 que cada parte da história predomina uma características que se relaciona com uma das Igrejas encontradas na Ásia Menor. Sendo assim podemos dividir em datas aproximadas:

  1. Éfeso – Atos 2 ao ano 100 d.C. – Igreja Apostólica;

  2. Esmirna – Ano 100 d.C. a 312 d.C. – Igreja Perseguida;

  3. Pérgamo – 312 d.C. a 500 d. C. – Igreja Estatal;

  4. Tiatira – 500 d.C. a 1517 d.C. – Igreja Papal;

  5. Sardes – 1500 d.C. a 1700 d.C. – Igreja Formal;

  6. Filadélfia – 1700 d.C. a 1900 d.C. – Igreja Missionária, dos grandes avivamentos;

  7. Laodicéia – 1900 d.C. até a volta de Cristo – Igreja Apóstata.  

Mesmo tendo épocas em que predominava a Igreja corrompida sempre houve e há um remanescente fiel em cada época. Vivemos a última época da Igreja, época de Laodicéia onde a negação da fé é muito grande.

“Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;  porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si;pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!” (Romanos 1:20-25)

O ARREBATAMENTO

O Arrebatamento acontece para os salvos e Cristo se reúne com a Igreja, relatos que se encontra no Livro de Apocalipse capítulo 4 e 5.

“Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.”           (I Tessalonicenses 4:15-17)

Haverá no céu o Tribunal de Cristo, onde as obras dos crentes serão julgadas. Se a obra for ouro, prata e pedras preciosas passarão pelo fogo e não vão se queimar. Se a obra for madeira, palha, restolho passarão pelo fogo e se queimarão.

“Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade, o Dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo.” (I Coríntios 3:11-15)

“Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.”(II Coríntios 5:10)

Os crentes receberão coroas conforme as suas obras. São as seguintes coroas:

  1. COROA INCORRUPTÍVEL (coroa do vencedor – I Coríntios 9:25);

  2. COROA DA VIDA (coroa dos mártires – Apocalipse 2:10);

  3. COROA DE GLÓRIA (coroa dos presbíteros – I Pedro 5:2-4); 

  4. COROA DA JUSTIÇA (A todos quantos amam a sua vinda – II Tm 4:8);

  5. COROA DE EXULTAÇÃO (coroa do vencedor – I Tess. 2:19-20).

As coroas são para que sejam lançadas aos pés do cordeiro, Jesus Cristo, num momento de Cristo com a Igreja, chamada de As Bodas do Cordeiro.

“Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.”(Apocalipse 19:7-9)

A razão do Tribunal de Cristo é que haverá posições no reino.

“Pede-me, e eu te darei as nações por herança e os confins da terra por tua possessão. Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro.” (Salmo 2:8,9)

“E deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono.” (Apocalipse 12:5)

“E ao que vencer e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações, e com vara de ferro as regerá; e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai, dar-lhe-ei a estrela da manhã.” (Apocalipse 2:26-28)

O TRONO, OS 04 ANIMAIS E OS 24 ANCIÃOS DE APOCALIPSE 4

Quem está no trono e quem são os quatro animais em Apocalipse 4:1-11? Jesus Cristo está no Trono e no versículo 4, observamos que há governo e adoração celeste  –  “e ao redor...vinte e quatro anciãos...”

Os quatro animais são a representação dos quatro evangelhos, que apresenta Jesus Cristo:

  1. Leão – Potência e Majestade – Rei – O Evangelho de Mateus apresenta a genealogia dos reis – apresenta Jesus como Rei;

  2. Bezerro – Trabalho e Paciência – Servo – O Evangelho de Marcos não tem genealogia porque os servos não tinham – apresenta Jesus como servo;

  3. Rosto Como de Homem – Inteligência e Simpatia – Filho do Homem – O Evangelho de Lucas apresenta a genealogia do homem – apresenta Jesus como filho do homem; 

  4. Águia – Visão Notável e Rapidez – O Evangelho de João apresenta  Jesus  o verbo – apresenta  a divindade – vê todas as coisas  e está presente  em todos os lugares ao mesmo tempo.   

Quem são os vinte e quatro anciãos em ap 4:1-11? Esses 24 anciãos confunde algumas pessoas, mas não deveria. Sua aparência os delata. Eles têm tronos, portanto são governantes, estão ao redor do trono de Deus, então eles o assistem, estão assentados, portanto o seu trabalho está terminado, estão vestidos de branco, portanto são justos, estão usando coroas gregas chamadas “stephanos”, portanto são vencedores, vitoriosos, são chamados de anciãos, um título associado mais ao cristianismo do que ao judaísmo e lançam as suas coroas aos pés do cordeiro, a Igreja faz isso. Os crentes da época da Igreja serão coroados. (II Timóteo 4:6-8).. 

“De Mileto, mandou a Éfeso chamar os anciãos da igreja.” (Atos 20:17)

Os vinte e quatro tronos...vinte e quatro anciãos: Vinte e quatro tronos representam aqueles que reinam com Cristo, uma descrição da Igreja, dos vencedores vestidos de branco que recebem suas coroas e reinam com o Senhor (Ap. 2:10, 26-27; 3:4-5,11,21).

A TRIBULAÇÃO

A Tribulação começa na Terra simultaneamente com o Arrebatamento da Igreja nos céus. A Tribulação dá início a última semana de Daniel, a 70ª Semana, uma semana de anos, sete anos para ser exato, para que aconteça a Segunda Vinda de Cristo. Os relatos dos acontecimentos é encontrado em Apocalipse 6 a 18.

O tempo Bíblico possui meses de 30 dias, com o ano de 360 dias, vejamos alguns detalhes abaixo que nos ajudarão entender melhor:

  • Gênesis 7:11; 8:4 – 5 meses = 150 dias (dilúvio);

  • Gênesis 7:24 – 150 dias; Gênesis 8:3 – 150 dias;

  • 150 dias são 5 meses de 30 dias cada mês;

  • Ano bíblico é de 360 dias, meses de 30 dias;

  • Apocalipse 12:6 – 1260 dias;

  • Apocalipse 13:5 – 42 meses;

  • 42 meses x 30 dias = 1260 dias;

  • 1260 = 3 anos e meio;

  • 1 ano bíblico é 360 dias, meses de 30 dias;

  • 360 + 360 + 360 + 180 = 1260 dias;

  • 3 anos e meio = 1260 dias.

O profeta Daniel predisse que a Tribulação duraria sete anos. Foram determinados sobre o povo de Deus, nação de Israel, setenta períodos de sete anos, o que significa setenta semanas ou 490 anos. Esse período de 490 anos tem três divisões: 49 anos ou sete semanas para restaurar os muros de Jerusalém; 434 anos ou 62 semanas até que o “Messias seja morto” (a crucificação – Daniel 9:26); e então, sete anos finais. Jesus predisse que devido a severidade da Tribulação, ela seria abreviada.

Tudo o que Deus faz tem um ou mais propósitos e podemos encontrar pelo menos quatro propósitos para a Tribulação: Colocar um fim nos tempos, Cumprir as profecias de Israel, Abalar a falsa sensação de segurança do homem achando que pode agir independentemente de Deus, Forçar o homem a escolher entre Cristo e o Anticristo.

Em Apocalipse 11:2,3; 12:6, descobrimos que os sete anos estão divididos em dois períodos de 1260 dias ou 42 meses. O último período de 1260 dias ou 3 anos e meio é chamado de “A Grande Tribulação”. 

O Anticristo entrará em cena e conquistará o mundo por meio de diplomacia e no meio da Tribulação, Satanás possuirá o Anticristo desejando adoração para si.

Mateus 24 trata do remanescente judeu que testemunhará durante a Tribulação. O termo “levado” que aparece nos versículos 40 e 41 nada tem a ver com o arrebatamento. Muitos usam estes versículos como sendo o arrebatamento, mas isso é tirá-lo de seu contexto. O contexto é o assunto sobre o qual o Senhor vem se referindo antes, ou seja, o dilúvio (vers.39) que “LEVOU a todos”, ou seja, foi um ato judicial, foi a morte ceifando vidas. Da mesma forma, quando Cristo vier para reinar (no final da grande tribulação), a morte passará ceifando a muitos; levando a muitos. Os vivos entrarão no milênio. Mas não são cristãos como os conhecemos hoje; serão judeus (ou gentios convertidos) que se converterão durante a Tribulação.

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

Em Apocalipse 19 trata da Segunda Vinda de Cristo no final da Tribulação. Ocorrerá o Armagedom que será a última batalha ou grande guerra mundial, e acontecerá em Israel em conjunção com a Segunda Vinda de Cristo. Acontecerá nos últimos dias da Tribulação quando os reis do mundo se reunirão “para peleja do grande dia do Deus Todo-Poderoso”, Apocalipse 16:14-16. Em seguida acontecerá o julgamento das nações. Satanás será preso por mil anos, a besta e o falso profeta são lançados no lago de fogo e inicia a última dispensação o Milênio, o Reino Milenar. No final do Milênio Satanás é solto ainda por um pouco de tempo para enganar as nações e depois é lançado no lago de fogo. E todos que não foram achados inscritos no livro da vida passarão pelo Grande Trono Branco e serão lançados no lago de fogo.

Embora não tenhamos muitos detalhes sobre novo céu e nova terra, entendemos que este mundo será substituído por uma nova terra que mais se assemelha ao Jardim do Éden do qualquer coisa que conhecemos. O futuro lar de todos os crentes será a bela cidade murada onde as ruas são de ouro e as 12 portas da cidade são enormes e belas pérolas. Os fundamentos das muralhas são adornadas com vários tipos de pedras preciosas. 

Aprendemos em II Timóteo 2:15 devemos dividir bem as escrituras, que há na Bíblia profecias para os Judeus (Israel), Gentios (nações) e Igreja (salvos). Tivemos uma boa visão geral das escrituras, a partir do Livro de Gênesis, alicerce para todas as Escrituras e nos ajuda compreende-la melhor todo o plano de Deus. Veja o gráfico.