domingo, 29 de abril de 2012

A quem buscais?


A quem buscais?

“Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis” – 2ª Coríntios 11:4.
Essa pergunta foi feita pelo próprio Senhor Jesus Cristo na ocasião da sua prisão. O texto bíblico declara que “Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se, e disse-lhes: A quem buscais?” – João 18:4.
A pergunta de Jesus continua a saltar diante de nossos ouvidos e nos pergunta nesta noite: “A quem buscais?” Muitos são os que buscam a Jesus pelos mais variados motivos e intenções.
Judas buscou ocasião para trair Jesus que lhe disse: “Amigo, a que vieste?” – Mateus 26:50. Os religiosos do seu tempo, fariseus, saduceus e os principais do povo buscaram ocasião para tentarem Jesus lhes pedindo um sinal dos céus. O Senhor Jesus respondeu-lhes: “Uma geração má e adúltera pede um sinal, e nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas. E, deixando-os, retirou-se” – Mateus 16:4. 
Quando Jesus ressuscitou Lázaro os religiosos buscaram ocasião para matá-lo: “Depois os principais dos sacerdotes e os fariseus formaram conselho, e diziam: Que faremos? porquanto este homem faz muitos sinais... Desde aquele dia, pois, consultavam-se para o matarem” – João 11:47, 53.
É fato que uma grande multidão buscava a Jesus para saciar suas vidas de bênção materiais a fim de serem supridos nesta vida ignorando a salvação da alma que é o centro do ministério de Jesus. A esses Jesus disse: “Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes” – João 6:26.
Mas há aqueles que buscaram a Jesus com sinceridade e com os motivos e intenções corretas. “Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos? Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho do Deus vivente” ­– João 6:67-68.
E vocês, a quem buscais? Vale a pena refletir nessa pergunta. Antes de prosseguirmos há ainda mais uma reflexão que devemos fazer. O coração humano é enganado pelos próprios desejos e deleites desse mundo e homens dissolutos e reprovados por Deus tem se aproveitado disseminando falsos ensinos e fazendo negócio de vós.
Em 2ª Coríntios 11:1-4, Paulo expressa o seu zelo, o seu cuidado e a sua preocupação não só com a Igreja de Corinto, mas com todas as igrejas. Paulo anseia que eles permaneçam fiéis a Cristo.
Paulo faz comparações dos falsos apóstolos que se introduzem na igreja de Corinto com a serpente que enganou Eva com astúcia, distorcendo a Palavra de Deus.
Quando lemos 2ª Coríntios 11:1-4 temos a impressão que Paulo está escrevendo para hoje! De sorte que as suas preocupações com a Igreja de Corinto devem ser as nossas preocupações pastorais hoje.
O que tem sido proclamado em nossos dias?
1. Outro Jesus – “Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado”... 2ª Coríntios 11:4a.
Hoje, na tentativa de atrair pessoas para igreja, tem-se proclamado outro Jesus.
 Algumas Igrejas proclamam Jesus Triunfalista. O Jesus dos milagres, das maravilhas e das coisas espetaculares. O Jesus apenas de glória e poder; que transforma homens em super homens, que transforma crentes em super crentes, que muda a tua vida e te transforma em um ser imune às dores, aos sofrimentos e às tragédias da vida.
 Outras proclamam o Jesus Curandeiro. Amados, Jesus cura, mas curar não foi o centro do seu ministério, não foi a razão primordial de sua vinda, não foi o tema central da sua pregação. Suas curas atraíam pessoas de todas as partes. Porém, ele não fazia “estardalhaços”, não fazia propagandas para atrair um público desejoso por sinais, não fazia delas “estratégia de marketing”.
Em nossos dias, pessoas têm sido atraídas por causa de uma “propaganda barata” do Jesus curandeiro. Pessoas têm vindo a Jesus meramente em busca de uma libertação dos males do corpo.
Há os que proclamam Jesus Papai Noel. O bom velhinho sempre pronto a dar e a presentear. Essa concepção de Jesus tem gerado crentes sempre dispostos a receberem e a serem servidos, mas poucos dispostos a darem e a servirem.
 Existem igrejas que proclamam o Jesus Banco Central, o solucionador dos problemas financeiros. São atraídos às igrejas deste tipo desde o cidadão mais simples ao empresário “quebrado”, à beira da falência.
E a pergunta que se deve fazer é: onde foi parar o Jesus da Bíblia? Qual o destino do Jesus crucificado? …do Cristo da Cruz?…do Jesus humilhado, perseguido e sofredor?
Precisamos trazer de volta para a Igreja, para os nossos púlpitos, para as nossas pregações o Cristo crucificado.
As pessoas precisam ser atraídas não pelo Jesus triunfalista das maravilhas espetaculares, não pelo Jesus curandeiro que te livra dos sofrimentos, consequências do pecado, não pelo Jesus papai Noel que você dá e recebe em dobro, não pelo Jesus Banco Central que acerta a tua vida financeira, mas, pelo Jesus crucificado, o poder de Deus para a salvação.
As pessoas precisam ser atraídas pela convicção de pecado, de condenação eterna, de necessidade de arrependimento, de necessidade de abandono de pecado, e por entender que a salvação é nos concedida, não por um outro Jesus, mas pelo crucificado.
Cabe salientar a pergunta: A quem buscais? Amigo, a que vieste? Em 1ª Coríntios 2:2 Paulo disse: “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado”.
O que tem sido proclamado em nossos dias?
2. Outro Espírito – “ou se recebeis outro espírito que não recebestes”... 2ª Coríntios 11:4b.
Quando os Coríntios aceitaram Cristo mediante a pregação de Paulo, Deus lhes deu o Espírito Santo. Mas, agora, falsos apóstolos estavam introduzindo e fomentando na igreja outro espírito.
 Tem sido proclamado um Espírito arrogante. Um espírito que menospreza os demais e se acha o tal, o super espiritual, o portador de uma espiritualidade elevada.
Alguns proclamam um Espírito de vanglória. Um espírito que leva pessoas a se gabarem por dons que já cessaram e de realizações com sinais e prodígios de mentira feitos e atribuídos ao Espírito Santo.
É proclamado ainda um Espírito de rebeldia, que causa divisões, facções e discórdia e partidarismo no meio da igreja, como ocorre em Corinto quando dizem, eu sou de Paulo, outro diz, eu sou de Apolo.
Ocorre ainda propagação de um Espírito escravizador que leva alguns a exercerem domínio sobre outros pelo medo do que lhes poderá acontecer se não prestar obediência irrestrita.
À semelhança de Corinto, quantas igrejas hoje não têm abraçado outro espírito? Se o espírito que supostamente atua em nós produz arrogância, rebeldia, discórdia, vanglória e escraviza as pessoas, precisamos avaliar que espírito é esse!
O Espírito de Deus gera humildade, submissão, unidade, amor, paz, harmonia, serviço mútuo e liberdade, poder para testemunhar, comunhão e preocupação com o necessitado.
O apóstolo Paulo fala aos Gálatas: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” – Gálatas 5:22.
O Espírito Santo nos é dado no momento em que recebemos a Jesus, o Espírito que convence do pecado, e da justiça e do juízo – João 16:8. O Espírito que habita no crente, que ensina coisas espirituais, que nos faz lembrar a Palavra da Verdade, que nos capacita, que leva as nossas orações em gemidos como está escrito: “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis” – Romanos 8:26.
Nesse texto, Paulo, se mostra preocupado porque a igreja estava abandonando o Espírito de Deus e aceitando outro espírito.
Portanto, mais uma vez eu pergunto: A quem buscais? Amigo, a que vieste?
O que tem sido proclamado em nossos dias?
3. Outro Evangelho – “ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis”... 2ª Coríntios 11:4c.
O evangelho apresentado por Paulo em Corinto era o evangelho da graça, do arrependimento do pecado, da cruz, do compromisso abnegado com o Cristo. Mas, os Coríntios estavam abraçando uma nova visão do evangelho, outro evangelho.
Parece a igreja no século XXI. O que preocupava naquela época é a mesma coisa que preocupa, que incomoda os pastores zelosos dos nossos dias.
Tem sido propagado um evangelho barato, acessível e que serve aos propósitos de quem o adquire. Nesse evangelho, o pecador não é tratado como pecador, mas como cliente. E, se o pecador é cliente, todo cuidado é pouco. Afinal, o cliente é quem manda! É preciso tratá-lo com jeito, para não afugentá-lo nem contrariá-lo. Se o pecador é cliente, seu compromisso maior é financeiro. Sua relação com Deus não passa de uma relação monetária. O pecador cliente precisa apenas investir. E esse seu investimento tem retorno garantido.
Muitos têm recebido o evangelho sem a graça. Nesse evangelho, se alguém quiser conseguir algo de Deus, é preciso pagar um preço. Quem quiser alcançar bênçãos precisa pagar por elas. Quem quiser conseguir a salvação, faça por onde, pague para receber em dobro. E se a conseguiu, cuidado para não perdê-la. Esse é o evangelho sem a graça.
Outros propagam o evangelho da libertinagem. Esse é o evangelho sem disciplina, sem restrições comportamentais, onde é “proibido proibir”, onde o relacionamento amigável com o pecado é aceitável. Onde se diz “todas as coisas me são lícitas” e ponto final. Esse é o evangelho que transforma em libertinagem a graça de Deus e nega o senhorio de Cristo.
Conclusão
“Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis” – 2ª Coríntios 11:4.
Aqueles que propagam e aqueles que recebem outro Jesus, outro Espírito e outro Evangelho, segundo o que está escrito “com razão o sofrereis”.
Pare e preste atenção! A quem buscais? Amigo, a que vieste?
O Jesus Cristo que apresentamos é o crucificado, que é loucura para os que perecem, mas é o poder de Deus para salvação daqueles que creem. O Espírito que recebemos é o Espirito de Deus que nos é dado no momento em que recebemos a Jesus, que convence do pecado, e da justiça e do juízo, que habita no crente, que ensina coisas espirituais, que nos faz lembrar a Palavra da Verdade, que nos capacita. O Evangelho que ensinamos é o Evangelho da Graça de Deus que diz: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” – Efésios 2:8-9.
Paulo não se calou diante da introdução e fomentação de outro Jesus, outro espírito e de outro evangelho dentro da igreja de Corinto. Precisamos zelar pela igreja “com zelo de Deus” e não permitirmos, não aceitarmos e nem nos calarmos diante da atual pregação de outro Jesus, de outro espírito e de outro evangelho.
Pr. Renato

domingo, 22 de abril de 2012

Reconhecendo o Verdadeiro Evangelho


Reconhecendo o Verdadeiro Evangelho

1ªTessalonicenses 1:5-8
Muitos afirmam realizar muitas coisas em nome de Deus utilizando de técnicas de marketing e um falso evangelho. O Apóstolo Paulo afirmou aos Gálatas: “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” – Gálatas 1:6-8.
Como saber o que é falso e o que é verdadeiro? O Apóstolo Paulo afirmou aos de Tessalônica a respeito da pregação do Evangelho: “Porque a nossa exortação não foi com engano, nem com imundícia, nem com fraudulência – 1ª Tessalonicenses 2:3. Essa afirmação nos dá três características de seu ministério em defesa do que ele pregava. Não foi com engano como produto de segundas intenções, nem com imundícia produzindo mau testemunho e nem com fraude dizendo que faz algo que na verdade não faz ou que faz mais ou menos.
A palavra “engano” significa estar longe da verdade. Atualmente a maioria das igrejas tem substituído o verdadeiro evangelho por um misticismo grosseiro com sentido incerto, duvidoso e diabólico, afirmando que as pessoas devem querer algo que vá além da Palavra de Deus, algo que as leve à experiência extraordinária e superior.
Paulo falou várias vezes a respeito dos falsificadores, dos trapaceiros, dos que barganham do evangelho com segundas intenções aliado a percepção de lucro e que não andam em conformidade com a Doutrina de Cristo e dos Apóstolos (1ª Timóteo 6:3,4 e 20; 2ª Timóteo 1:13-14; 2:17). Utilizam-se da Palavra de Deus para o enriquecimento fácil (2ª Pedro 2:1-3).
Precisamos reconhecer o verdadeiro Evangelho. A palavra “reconhecer” é identificar algo ou alguém que já havia conhecimento antes, avaliando o estado ou situação a fim de assegurar-se de sua legitimidade. A palavra “verdadeiro” é aquilo que é autêntico, não é falso. A palavra “Evangelho” refere-se a Doutrina de Cristo.
Devemos, portanto, identificar a autêntica Doutrina de Cristo, avaliando nosso estado pessoal como crentes e como igreja local, a fim de verificarmos se permanecemos legitimados por ela.
Como reconhecemos o verdadeiro Evangelho?
1. Reconhecemos o verdadeiro evangelho pela forma que o recebemos – “E vós fostes feitos nossos imitadores, e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo” – 1ªTessalonicenses 1:6.
A igreja de Tessalônica foi fundada pelo Apóstolo Paulo, em sua segunda viagem missionária – Atos 17:1-9. Ficou ali apenas três semanas. Mas o quê exatamente Paulo ficou fazendo naquela cidade? Em Atos 17:2-3 lemos: “Paulo, como tinha por costume, foi ter com eles; e por três sábados disputou com eles sobre as Escrituras, Expondo e demonstrando que convinha que o Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos. E este Jesus, que vos anuncio, dizia ele, é o Cristo”.
Paulo ficou ali disputando, expondo, demonstrando, anunciando, ou seja, pregando a Palavra de Deus. O verdadeiro Evangelho só pode ser conhecido através da Palavra de Deus e o recebemos pela pregação.
Pelo ato de falar, repetindo os ditos de Deus, doutrinando através da exposição minuciosa e detalhada de forma compreensível e racional. Esta é a maneira que Deus Se deu a conhecer através dos tempos e épocas:
ÉPOCA
TEXTO BÍBLICO
PALAVRA DE DEUS
Criação
Gênesis 1:1-31
“E disse Deus”...
Patriarcas
Gênesis 12:1
“Ora, o Senhor disse a Abrão”...
Moisés
Êxodo 3:4, 7; 4:2, 11
e 20:1
“Então falou Deus todas estas palavras, dizendo”...
Profetas
Isaías 1:2, 10; 44:1; 45:1; 53:1;
Jeremias 1:1-2;
Ezequiel 1:3
“Assim diz o Senhor...” “Veio a mim a
Palavra do Senhor”...
Jesus Cristo
João 1:1-3 e 14; 5:39;
Lucas 24:27;

“E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras”.
Igreja – Hoje
1ªTessalonicenses 1:6
... “recebendo a Palavra”...

 O Evangelho só pode ser conhecido através da Palavra de Deus e o recebemos pela pregação. ... “aprouve a Deus chamar os crentes pela loucura da pregação.” – 1ª Coríntios 1:21b. “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus” – Romanos 10:17. 
Como reconhecemos o verdadeiro Evangelho?
2. Reconhecemos o verdadeiro evangelho pelos fatos que descreve – “Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós” – 1ªTessalonicenses 1:5.
Paulo ficou em Tessalônica expondo e demonstrando que convinha que o Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos. Disse acerca do que pregava: “E este Jesus, que vos anuncio, dizia ele, é o Cristo”.
A palavra “fato” retrata aquilo que é real e de pleno conhecimento. Por isso Paulo diz que o Evangelho foi manifesto em muita certeza, ou seja, com firme convicção, certeza plena de sua veracidade.
Mas que fatos não podem ser negados e são reconhecidos como verdade? Que o Filho, Jesus Cristo, é a sabedoria e poder de Deus. Ele é o autor da criação e causa de toda a vida.
É reconhecido o fato de que Jesus revestiu-se da natureza humana na pessoa real e histórica de Jesus, o Messias, anunciando visivelmente a todos os homens através da sua palavra e pelas Boas Novas de Redenção.
O mesmo Jesus que foi condenado à morte, sofrendo tortura do exército romano e dos religiosos por inveja, foi exposto completamente e despido, pregado em uma cruz no Gólgota entre dois ladrões sem ter cometido pecado algum.
Ele foi sepultado em um túmulo emprestado, mas ressuscitou ao terceiro dia, apareceu aos apóstolos, subiu ao céu e sentado está à destra de Deus, intercedendo pelos santos e há de retornar um dia para Reinar e Reger como Soberano Senhor, pelos séculos dos séculos!
O poder que o texto se refere não são milagres e as curas extraordinárias realizadas pelos homens, pseudo “curandeiros” da fé.  Paulo enfatiza o poder onde o fundamento é a Palavra de Deus, comprovados historicamente e firmada pelos fundamentos da fé bíblica em conformidade com a Doutrina de Cristo (1ª Timóteo 6:3; 2ª Timóteo 4:1-4). Os de Tessalônica abraçou esses fatos havendo uma firme convicção da verdade.
O Apóstolo Paulo disse na carta aos Romanos: “O qual antes prometeu pelos seus profetas nas santas escrituras, acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne, declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor, pelo qual recebemos a graça e o apostolado, para a obediência da fé entre todas as gentes pelo seu nome, entre as quais sois também vós chamados para serdes de Jesus Cristo” – Romanos 1:2-6.
Como reconhecemos o verdadeiro Evangelho?
3. Reconhecemos o verdadeiro evangelho pela eficácia do seu poder – “Porque por vós soou a palavra do Senhor, não somente na Macedônia e Acaia, mas também em todos os lugares a vossa fé para com Deus se espalhou, de tal maneira que já dela não temos necessidade de falar coisa alguma” – 1ªTessalonicenses 1:8.
De tudo o que é dito neste versículo, é evidente que o poder de Deus foi notavelmente manifestado na conversão dos tessalonicenses e que eles abraçaram o Evangelho com uma convicção extraordinariamente forte da verdade e valor. Este fato será responsável pelo zelo posterior que o apóstolo tanto declarou dos Tessalonicenses. Porque é impossível que aquele que recebe tamanha misericórdia permaneça calado e sem declarar tão grande salvação.
Qual é a prova maior que o homen é pecador? O ser humano tem na morte a certeza de que é um pecador. Nós vamos morrer um dia. Religiões, obras, qualquer outro meio de tentar chegar-se a Deus não podem produzir aquilo que só Jesus Cristo, através do Espírito Santo, pela pregação do evangelho eterno pode: Certeza da Salvação. (1ª João 5:12-13; Atos 1:3, 10-11; João 14:1-3).
Você tem esta certeza? Muitos gostam de ler João 3:16, mas se esquecem ou não gostam de ler João 3:18 e 36. O homem pecador já está condenado. Esta é a má notícia. O homem não precisa fazer nada para ir para o inferno, ele já está condenado a ele. A Boa Nova do Evangelho é que para ser salvo o homem não pode fazer nada, pois Jesus Cristo já fez. Se tu te arrependeres dos teus pecados, e creres de todo o teu coração que Cristo Jesus é teu único e Suficiente Salvador, serás salvo.
Quem n’Ele crê é salvo da condenação eterna e é liberto do pecado. Esta é a Doutrina de Cristo que chegou até nós pela Palavra de Deus. O evangelho foi até os irmãos em Tessalônica porque Paulo levou a Palavra de Deus até eles.
 Não podemos fugir desta missão que Deus nos confiou. Aquele que recebeu o verdadeiro evangelho não pode sentar-se em uma poltrona confortável e esperar que as coisas aconteçam, mas deve se dispor a ajudar da melhor forma na divulgação da mensagem salvadora revelada na cruz.
Assim como fomos salvos, assim devemos trabalhar.
Conclusão
Precisamos fazer algumas sérias advertências: A Igreja não pode substituir a pregação e o ensino expositivo da proclamação do evangelho por qualquer outra forma de apresentação. Fazer isto é negar a Soberania de Deus em agir conforme Ele deseja e quando Ele deseja.
O resultado natural, normal e eficaz da Palavra de Deus em nossas vidas é o desejo intenso, santo, incessante e ardente de levar o Evangelho àqueles que estão perecendo sem Cristo.
Nada neste mundo compara-se ao prazer e deleite de fazer a vontade de Deus. Atualmente enfrentamos o mesmo problema dos irmãos do primeiro século: um mundo que Odeia Deus. O mundo anda vagueando pelo misticismo e rejeita a pregação da Palavra. Eles rejeitam e vituperam o nome do Filho de Deus.
Esta igreja deve se reunir pelos motivos certos: ouvir, ensinar, aprender da Palavra de Deus e trabalhar pela causa de Deus fazendo evangelismo, orando, contribuindo e indo.
O Verdadeiro Evangelho vem pela Palavra de Deus através da pregação que produz constrangimento pelo Espírito Santo para o trabalho de missões e evangelismo estando em conformidade com a Palavra de Deus na totalidade de seus ensinos.
Pr. Renato 
http://bibliaespadadaverdade.blogspot.com

terça-feira, 17 de abril de 2012

O Lápis e Eu!


O Lápis e Eu!
“Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento... De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.”Eclesiastes 12:1,13-14.
Começamos a vida com o nascimento, cheios de vigor e força. O final da vida natural é a velhice. Nesse momento da vida ficamos quase sem vigor e força. Nem o início e nem o fim da vida pode nos garantir a eternidade, nem mesmo a experiência dos anos, nem mesmo o acúmulo de conhecimento, nem mesmo os bens, nem mesmo a boa formação. O que nos pode garantir a eternidade entre nascimento e a velhice é a decisão que tomamos em relação a Deus enquanto houver fôlego da vida em nós.
Portanto, podemos comparar as nossas vidas com um lápis. Existem muitos lápis que variam nas suas diversas cores. Apesar da diversidade de cores continuam sendo lápis. Não formaram a si mesmos, mas foram criados. Nós seres humanos, somos diferentes na cor da pele, línguas, sexo, etc. Apesar das diferenças ainda somos iguais, somos seres humanos, não criamos a nós mesmos, mas fomos criados.
Todos os lápis tem uma função, alguns são para colorir, outros para calcular, há aqueles que são usados para contornar. Fato é que todos são dotados de habilidades naturais dadas pelo seu criador e usadas como instrumentos do próprio criador. Aqui começa haver algumas diferenças entre nós e os lápis. Todos nós seres humanos somos dotados de habilidades naturais, possuidores de Inteligência, sentimentos e vontades. Somos criaturas formadas pelo Criador Deus, entretanto, rebeldes à vontade d’Ele.
Se lhes mostrasse um lápis, e perguntasse a cada um dos amados irmãos, o que há de especial no lápis? O que responderiam? Talvez, intrigados responderiam: Mas este lápis é igual a todos os que já vi. 
O que tem o lápis de tão especial?
Há cinco Lições que aprendemos e devemos vivê-las.
1. O lápis glorifica o criador! E você? – “Lembra-te também do teu Criador...” – Eclesiastes 12:1.
O lápis foi utilizado para fazer grandes pinturas, plantas arquitetônicas, escrever ou apenas rascunhar belas canções, esboço de belas mensagens, anunciar uma palavra de consolo, para instrumentar grandes feitos. Os lápis são instrumentos de seu criador e glorificam ao seu criador com a perfeição de seus traços, colorindo onde não havia cor alguma, dando forma aquilo que não havia forma. Mas não esqueça, o lápis sozinho nada pode fazer, é apenas lápis.
 Nós seres humanos podemos fazer coisas grandiosas e quase sempre esquecemos que existe o Criador Deus nos instrumentalizando. Nós não pertencemos a nós mesmos, não temos direito de nós mesmos. Deus nos fez, ele é o Criador. Ele te criou, Ele te preserva, Ele te alimenta, Ele te sustenta.
Mas infelizmente o pecado lançou uma grande barreira de separação entre o Criador Deus e sua criatura. Por isso Ele enviou o seu Filho Jesus para salvação de todo aquele que n’Ele crê.
Quer ser feliz em seus traços e caminhos nesta vida? Lembra-te de teu Criador, que enviou Jesus Cristo, Seu único Filho, para morrer na cruz e derramar seu sangue, a fim de que crendo n’Ele pudéssemos ser chamados filhos de Deus.
Em Cristo toda glória é dada ao Pai e ao Filho e vivemos uma vida mais do que felizes, ainda que as aflições nos atinjam. O Senhor Jesus disse: "Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer" – João 15:5.
O que tem o lápis de tão especial?
Há cinco Lições que aprendemos e devemos vivê-las.
2. O lápis permite ser lapidado! E você? – “Lembra-te também do teu Criador...” – Eclesiastes 12:1.
Quanto mais usamos o lápis mais desgastado ele fica. O lápis ao cair no chão pode ter seu grafite todo quebrado, perder a perfeição de seus traços e o brilho de suas cores. Para correção de seus traços ou para extirpar uma ponta quebrada é preciso apontá-lo com uma lamina afiada e o resultado é a espetacular renovação de seus traços e alegria de seu criador.
Nós seres humanos queremos as rédeas dos nossos passos, conduzir o próprio caminhar. Alguns até dizem no vigor de sua vida ter conquistado muitas coisas, efetuado grandes feitos e amontoado muitos bens. De que vale tudo isso com a incerteza da vida e sem esperança do porvir? A garantia da vida eterna só há no reconhecimento de Jesus Cristo como Salvador e Senhor de nossas vidas.
As provas permitidas por Deus são como lâminas afiadas, dolorosas, mas que expõe o nosso próprio coração, mostrando o quanto somos pecadores e quanto precisamos de Deus. Elas nos podem encaminhar pela estrada perfeita de Deus. Deuteronômio 13:3 diz: “...porquanto o SENHOR vosso Deus vos prova, para saber se amais o SENHOR vosso Deus com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma”.
Passar por adversidades e lutas são inevitáveis, sempre passaremos por elas. Não existe lugar melhor para se provar o coração do que no momento em que enfrentamos problemas. Deus quer saber se você tem o coração n’Ele e  obedece a Sua vontade.
Portanto, Lembra-te do teu Criador, porque a perversão do coração pelo pecado o levará por veredas da morte. "Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte" – 2ª Coríntios 7:10.
O que tem o lápis de tão especial?
Há cinco Lições que aprendemos e devemos vivê-las.
3. O lápis permite apagar os seus erros! E você? – “Lembra-te também do teu Criador...” – Eclesiastes 12:1.
Ao escrever com um lápis coisas que não se deve expressar, é possível usar de um recurso chamado borracha, que leva para o esquecimento palavras que nunca deveriam ter sido escritas. 
Os nossos pecados são como palavras e ações que nunca deveriam ter existidos em nosso viver e devem ser apagados de nossa vida. Os nossos pecados são ofensas diretas a Deus. Davi escreveu no Salmo 54:4: "Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista" – Salmos 51:4.
A garantia da vida eterna está somente ao que crê em Jesus como Senhor e Salvador, que nos justificou e em Jesus Cristo temos uma borracha chamada confissão. Primeiro, a confissão de arrependimento do pecado para salvação crendo em Jesus Cristo. Segundo, a confissão das práticas delituosas chamada pecados. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” – 1ª João 1:9.
Lembra-te do teu Criador que perdoa em Jesus Cristo o teu pecado e tuas práticas delituosas chamada pecados pela confissão.
“Eis que foi para a minha paz que tive grande amargura, mas a ti agradou livrar a minha alma da cova da corrupção; porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados” – Isaías 38:17.
O que tem o lápis de tão especial?
Há cinco Lições que aprendemos e devemos vivê-las.
4. O lápis protege o seu interior! E você? – “Lembra-te também do teu Criador...” – Eclesiastes 12:1.
O lápis pode ter uma aparência externa muito desgastada pelo uso, perder a cor externa e ainda assim manter o seu interior intacto. O grafite está protegido por uma camada de madeira e somente pela lâmina pode ser lapidado.
Nós seres humanos somos acometidos pela idade e o desgaste natural da vida. Mas devemos manter o nosso interior lapidado e convicto pela Palavra de Deus, sendo moldados interiormente com o caráter de Cristo. Jesus disse: “O que sai do homem isso contamina o homem. Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem” – Marcos 7:20-23.
Lembra-te do teu criador. "Escondi tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti" - Salmo 119:11.
O corpo físico se deteriora, mas deve ser formado o caráter cristão enchendo o coração da Palavra de Deus, para que de seu coração saia o próprio amor de Deus derramado em vós por Cristo Jesus nosso Senhor.
O que tem o lápis de tão especial?
Há cinco Lições que aprendemos e devemos vivê-las.
5. O lápis deixa marcas! E você? – “Lembra-te também do teu Criador...” – Eclesiastes 12:1.
Quando olhamos um papel escrito, observamos e lemos as marcas deixadas pelo lápis. As marcas que não valem a pena são apagadas pela borracha. As boas marcas perduram exaltando a memória do autor criador de tais palavras, traços ou cores. O lápis é o instrumento e deixa as marcas do criador. Não vemos ninguém exaltando o lápis, mas sim o criador.
Da mesma maneira, saiba que tudo que fizermos na vida deixará traços e marcas na vida das pessoas. Que as pessoas possam ver Cristo em vós. Que deixemos as marcas de Cristo, o bom perfume de Jesus Cristo. As pessoas nos observam. Quando manchamos a nossa vida com o pecado manchamos o nome de Jesus. Quando somos reconhecidos como servos dignos e irrepreensíveis, exaltamos a pessoa de Cristo. “Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração” – 2ª Coríntios 3:3.
Ao trilhar as veredas da vida lembra-te do teu criador.
Conclusão
Lembra-te do teu Criador. Não há outra consideração que deve pesar em nós.  “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.” – Eclesiastes 12:1,13-14. Glorifique teu criador, permita Ele te lapidar, confesse e arrependa do pecado e pecados, proteja o interior pela Palavra de Deus e deixe as marcas de Cristo em todos os lugares que passar.
Pr. Renato 

domingo, 1 de abril de 2012

Eis que Eu estou convosco todos os dias.


“Eis que eu estou convosco todos os dias” – Mateus 28:20.
O Senhor Jesus Cristo nos deixou a promessa de Sua presença todos os dias. A comunhão com Jesus nos conforta, é viva e nos prepara para o porvir, quando em breve estaremos com o nosso mestre no céu.
Enquanto a nossa caminhada aqui não findar o Senhor Jesus nos deixou um memorial – “fazei isto em memória de mim” (Lucas 22:19). A última ceia do Senhor Jesus com os doze nos revela muitas coisas. Ele assentou-se a mesa com os doze para juntos comerem o sacrifício da Páscoa (Marcos 14:12). Ele declarou que desejou muito comer com eles, antes de padecer. Nesse aspecto fica muito claro o que está escrito em 1ª Coríntios 5:7, “Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós”.
O Senhor Jesus declara o início de um Novo Testamento. É preciso, entretanto, que o testador morra. Ao instituir a ceia do Senhor lhes é declarado a Sua morte e seus efeitos: “Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados”.
No Evangelho de João encontramos a descrição em detalhes daqueles momentos que estiveram juntos durante a ceia. Foi durante a ceia que Jesus lavou os pés de seus discípulos, que indica o traidor entre eles, que faz declarações como “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, “Eu sou a videira verdadeira”, lhes promete a vinda do consolador Espírito Santo, lhes oferece a Sua paz, lhes declara a Sua vitória sobre mundo e ora intercedendo por nós dizendo: “E, não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim” (João 17:20).
Portanto, amados irmãos, devemos crer em Jesus que disse: “Eis que eu estou convosco todos os dias”.
1. Getsêmani – Mateus 26:36-39, 46.

Após cantarem o hino, saíram para o Monte das Oliveiras. No caminho o Senhor Jesus disse que está escrito: “Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão” (Mateus 26:31; Zacarias 13:7). Realmente é esse quadro que está prestes a acontecer.
No Jardim Getsêmani Jesus vai orar como de costume. Talvez os discípulos ainda não compreendam o que está prestes a acontecer. O Senhor Jesus começou a entristecer-se, a angustiar-se muito. Indo um pouco mais adiante se prostrou e orava mais intensamente enquanto os seus discípulos adormeciam de tristeza.
O Senhor Jesus deseja fazer a vontade do Pai e ao voltar da oração diz: “Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem será entregue nas mãos dos pecadores” (Mateus 26:45). O Getsêmani é o princípio da agonia de Jesus. A agonia que tornou possível entrarmos na presença de Deus, por Jesus Cristo, o sacrifício perfeito.
O Getsêmani é o princípio da prova do amor de Deus e de Seu Filho Jesus que disse: “Eis que eu estou convosco todos os dias”.
2. Traição de Judas – Marcos 14:18-21, 42-46.

O Senhor Jesus celebrando a ceia declarou que um dos doze o havia de trair. O Senhor disse que: “Mas eis que a mão do que me trai está comigo à mesa” (Lucas 22:21). O traidor era alguém que tinha andando com ele, alguém chegado como amigo do qual foi declarado: “... um de vós, que come comigo, há de trair-me... É um dos doze, que põe comigo a mão no prato(Marcos 14:19,21). Não era qualquer um, mas, aquele que tinha em comum o comer o pão.
Após a ceia Jesus indica o traidor e diz: “É aquele a quem eu der o bocado molhado. E, molhando o bocado, o deu a Judas... E, tendo Judas tomado o bocado, saiu logo” (João 13:26-30).
Um gesto simples e singelo que na maioria das vezes mostra atitude de carinho e afeição, se tornou naquele momento o gesto da traição, o beijo traiçoeiro. O Senhor Jesus é traído, preso e entregue nas mãos dos pecadores para que pudéssemos ouvir de sua graça as sinceras palavras da verdade: “Eis que eu estou convosco todos os dias”.
3. Negação de Pedro – Lucas 22:31-34; 54-62.

O Senhor Jesus declarou: “Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão” (Marcos 14:27). O impetuoso Pedro responde: “Ainda que me seja mister morrer contigo não te negarei”.
Não podemos ignorar Satanás e seus ardis. Jesus faz algumas declarações importantes: “Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça... Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes”.
            Como predito pelas escrituras as ovelhas se dispersaram e de longe Pedro o acompanhava, Jesus o pastor ferido. Pedro no seu andar e fala denunciava que estivera com o Senhor Jesus. Sem demora o impetuoso Pedro nega a Jesus por três vezes e o galo canta.
Jesus olhou para Pedro que chorou amargamente por negar o seu mestre. Arrependido pode ouvir e sentir a presença daquele que disse: “Eis que eu estou convosco todos os dias”.
4. Escarnecimento – Marcos 15:1; 9-11; 16-20.

Os chefes dos sacerdotes e os líderes religiosos do povo amarraram Jesus e levaram até o governador Pilatos. Eles O acusaram de três crimes políticos: de sedição, de proibir o povo de pagar tributo a César, e de declarar ser Ele próprio o rei Messias.
Levado a presença de Herodes, Jesus estava amarrado e já mostrando os sinais dos maus tratos sofridos nas mãos dos judeus. Os principais sacerdotes e os mestres da lei estavam ali, acusando-o com veemência. Então Herodes e os soldados ridicularizaram-no e zombaram dele, tratando-o como pessoa sem valor algum.
Os soldados teceram uma coroa de espinhos e a puseram sobre a sua cabeça, também lhe vestiram uma roupa de púrpura (imitação do manto real), gritando "Salve, rei dos judeus" e lhe davam bofetadas. O Senhor Jesus suportou as injúrias com dignidade real aceitando-as como sendo parte da vergonha da cruz (Hebreus 12:2).
Tudo isso suportou Jesus para que pudéssemos desfrutar de sua presença conforme a declaração: “Eis que eu estou convosco todos os dias”.
5. Crucificação (calvário) – Marcos 15:21-32.

Tudo aconteceu muito rapidamente. Começando de madrugada, Jesus foi preso mediante a traição de Judas, negado por Pedro, entrevistado por Anás, julgado e condenado pelo Sinédrio, apresentado ao governador Pilatos, enviado por Pilatos a Herodes, achado inocente por Herodes e levado novamente a Pilatos para sua decisão final.
Pilatos dirigiu-se à multidão e perguntou: "Quereis que vos solte o Rei dos Judeus?... Que farei então de Jesus, chamado Cristo?" O povo gritou "Seja crucificado". Pilatos insistiu: "Mas que mal fez ele?" E eles mais alto clamavam dizendo: "Seja crucificado".
E tomaram a Jesus, e o levaram. Jesus suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus para que hoje pudéssemos ouvir: “Eis que eu estou convosco todos os dias”.
6. Ressurreição e Triunfo – Marcos 16:1-10.

Agora o testador morreu, foi sepultado e trouxe com seu sangue derramado na cruz uma mais excelente aliança.
Vale lembrar que Ele não está no sepulcro. O túmulo está vazio: exatamente três dias e três noites depois do sepultamento o espírito do Senhor Jesus voltou e o corpo fora transformado, obtendo características gloriosas. Este corpo não podia ser contido por barreiras materiais. Jesus triunfou sobre o poder da morte, triunfou sobre as obras do maligno, triunfou sobre o pecado justificando muitos com o seu sangue derramado. Está a destra de Deus Pai.
Conclusão
Somente alguém vivo nos poderia oferecer a sua preciosa presença nos dizendo: “Eis que eu estou convosco todos os dias”.
Pr. Renato