domingo, 1 de abril de 2012

Eis que Eu estou convosco todos os dias.


“Eis que eu estou convosco todos os dias” – Mateus 28:20.
O Senhor Jesus Cristo nos deixou a promessa de Sua presença todos os dias. A comunhão com Jesus nos conforta, é viva e nos prepara para o porvir, quando em breve estaremos com o nosso mestre no céu.
Enquanto a nossa caminhada aqui não findar o Senhor Jesus nos deixou um memorial – “fazei isto em memória de mim” (Lucas 22:19). A última ceia do Senhor Jesus com os doze nos revela muitas coisas. Ele assentou-se a mesa com os doze para juntos comerem o sacrifício da Páscoa (Marcos 14:12). Ele declarou que desejou muito comer com eles, antes de padecer. Nesse aspecto fica muito claro o que está escrito em 1ª Coríntios 5:7, “Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós”.
O Senhor Jesus declara o início de um Novo Testamento. É preciso, entretanto, que o testador morra. Ao instituir a ceia do Senhor lhes é declarado a Sua morte e seus efeitos: “Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados”.
No Evangelho de João encontramos a descrição em detalhes daqueles momentos que estiveram juntos durante a ceia. Foi durante a ceia que Jesus lavou os pés de seus discípulos, que indica o traidor entre eles, que faz declarações como “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, “Eu sou a videira verdadeira”, lhes promete a vinda do consolador Espírito Santo, lhes oferece a Sua paz, lhes declara a Sua vitória sobre mundo e ora intercedendo por nós dizendo: “E, não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim” (João 17:20).
Portanto, amados irmãos, devemos crer em Jesus que disse: “Eis que eu estou convosco todos os dias”.
1. Getsêmani – Mateus 26:36-39, 46.

Após cantarem o hino, saíram para o Monte das Oliveiras. No caminho o Senhor Jesus disse que está escrito: “Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão” (Mateus 26:31; Zacarias 13:7). Realmente é esse quadro que está prestes a acontecer.
No Jardim Getsêmani Jesus vai orar como de costume. Talvez os discípulos ainda não compreendam o que está prestes a acontecer. O Senhor Jesus começou a entristecer-se, a angustiar-se muito. Indo um pouco mais adiante se prostrou e orava mais intensamente enquanto os seus discípulos adormeciam de tristeza.
O Senhor Jesus deseja fazer a vontade do Pai e ao voltar da oração diz: “Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem será entregue nas mãos dos pecadores” (Mateus 26:45). O Getsêmani é o princípio da agonia de Jesus. A agonia que tornou possível entrarmos na presença de Deus, por Jesus Cristo, o sacrifício perfeito.
O Getsêmani é o princípio da prova do amor de Deus e de Seu Filho Jesus que disse: “Eis que eu estou convosco todos os dias”.
2. Traição de Judas – Marcos 14:18-21, 42-46.

O Senhor Jesus celebrando a ceia declarou que um dos doze o havia de trair. O Senhor disse que: “Mas eis que a mão do que me trai está comigo à mesa” (Lucas 22:21). O traidor era alguém que tinha andando com ele, alguém chegado como amigo do qual foi declarado: “... um de vós, que come comigo, há de trair-me... É um dos doze, que põe comigo a mão no prato(Marcos 14:19,21). Não era qualquer um, mas, aquele que tinha em comum o comer o pão.
Após a ceia Jesus indica o traidor e diz: “É aquele a quem eu der o bocado molhado. E, molhando o bocado, o deu a Judas... E, tendo Judas tomado o bocado, saiu logo” (João 13:26-30).
Um gesto simples e singelo que na maioria das vezes mostra atitude de carinho e afeição, se tornou naquele momento o gesto da traição, o beijo traiçoeiro. O Senhor Jesus é traído, preso e entregue nas mãos dos pecadores para que pudéssemos ouvir de sua graça as sinceras palavras da verdade: “Eis que eu estou convosco todos os dias”.
3. Negação de Pedro – Lucas 22:31-34; 54-62.

O Senhor Jesus declarou: “Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão” (Marcos 14:27). O impetuoso Pedro responde: “Ainda que me seja mister morrer contigo não te negarei”.
Não podemos ignorar Satanás e seus ardis. Jesus faz algumas declarações importantes: “Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça... Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes”.
            Como predito pelas escrituras as ovelhas se dispersaram e de longe Pedro o acompanhava, Jesus o pastor ferido. Pedro no seu andar e fala denunciava que estivera com o Senhor Jesus. Sem demora o impetuoso Pedro nega a Jesus por três vezes e o galo canta.
Jesus olhou para Pedro que chorou amargamente por negar o seu mestre. Arrependido pode ouvir e sentir a presença daquele que disse: “Eis que eu estou convosco todos os dias”.
4. Escarnecimento – Marcos 15:1; 9-11; 16-20.

Os chefes dos sacerdotes e os líderes religiosos do povo amarraram Jesus e levaram até o governador Pilatos. Eles O acusaram de três crimes políticos: de sedição, de proibir o povo de pagar tributo a César, e de declarar ser Ele próprio o rei Messias.
Levado a presença de Herodes, Jesus estava amarrado e já mostrando os sinais dos maus tratos sofridos nas mãos dos judeus. Os principais sacerdotes e os mestres da lei estavam ali, acusando-o com veemência. Então Herodes e os soldados ridicularizaram-no e zombaram dele, tratando-o como pessoa sem valor algum.
Os soldados teceram uma coroa de espinhos e a puseram sobre a sua cabeça, também lhe vestiram uma roupa de púrpura (imitação do manto real), gritando "Salve, rei dos judeus" e lhe davam bofetadas. O Senhor Jesus suportou as injúrias com dignidade real aceitando-as como sendo parte da vergonha da cruz (Hebreus 12:2).
Tudo isso suportou Jesus para que pudéssemos desfrutar de sua presença conforme a declaração: “Eis que eu estou convosco todos os dias”.
5. Crucificação (calvário) – Marcos 15:21-32.

Tudo aconteceu muito rapidamente. Começando de madrugada, Jesus foi preso mediante a traição de Judas, negado por Pedro, entrevistado por Anás, julgado e condenado pelo Sinédrio, apresentado ao governador Pilatos, enviado por Pilatos a Herodes, achado inocente por Herodes e levado novamente a Pilatos para sua decisão final.
Pilatos dirigiu-se à multidão e perguntou: "Quereis que vos solte o Rei dos Judeus?... Que farei então de Jesus, chamado Cristo?" O povo gritou "Seja crucificado". Pilatos insistiu: "Mas que mal fez ele?" E eles mais alto clamavam dizendo: "Seja crucificado".
E tomaram a Jesus, e o levaram. Jesus suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus para que hoje pudéssemos ouvir: “Eis que eu estou convosco todos os dias”.
6. Ressurreição e Triunfo – Marcos 16:1-10.

Agora o testador morreu, foi sepultado e trouxe com seu sangue derramado na cruz uma mais excelente aliança.
Vale lembrar que Ele não está no sepulcro. O túmulo está vazio: exatamente três dias e três noites depois do sepultamento o espírito do Senhor Jesus voltou e o corpo fora transformado, obtendo características gloriosas. Este corpo não podia ser contido por barreiras materiais. Jesus triunfou sobre o poder da morte, triunfou sobre as obras do maligno, triunfou sobre o pecado justificando muitos com o seu sangue derramado. Está a destra de Deus Pai.
Conclusão
Somente alguém vivo nos poderia oferecer a sua preciosa presença nos dizendo: “Eis que eu estou convosco todos os dias”.
Pr. Renato 

Nenhum comentário:

Postar um comentário