SOB QUAIS PERSPECTIVAS
PODEMOS COMEMORAR O ANIVERSÁRIO?
“Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que
alcancemos coração sábio. ...E seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; e
confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas
mãos”. Salmos 90:12,17.
Perceber que a vida é curta nos ajuda a usar o pouco tempo que
temos mais sabiamente e para o bem eterno. É isso que o salmista pede a Deus,
ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração
sábio. Ensina-nos na graça do Senhor.
Não há dúvidas que desde o nosso nascimento, a cada aniversário
acumulamos muitas coisas: Anos de vida, experiências, bens materiais, alegrias,
tristezas, conquistas, objetivos, problemas e soluções para problemas. Mas na
data natalícia há festa, comemorações, homenagens, muita comida, e no mundo
bastante bebida, lascívia e paixões.
Jesus nasceu neste mundo e o dia 25
de Dezembro é observado como o aniversário d’Ele. A maioria das pessoas
comemora este dia com festa, aproveitam para dar rédeas a lascívia e paixões,
glutonaria e bebedice, prazeres, diversões que se misturam com um pouco de
caridade e boa vontade para com os famintos e infelizes.
Os reais motivos na comemoração do
dia natalício são caracterizados pelas atitudes de cada pessoa. Não há problema
em comemorar, mas sim a forma de comemorar. Comemoramos com frutos e indícios
de morte eterna ou de vida eterna?
Só há duas perspectivas nas quais podemos comemorar o nosso
aniversário. São perspectivas aplicadas tanto nos tempos de Jesus como nos
nossos tempos.
Sob quais perspectivas podemos comemorar o aniversário?
I. Pelas
perspectivas humanas – “Pois todos os nossos dias
vão passando na tua indignação; passamos os nossos anos como um conto que se
conta” – Salmo 90:9.
Popularidade, Sucesso, Posição
Social, Religiosidade, estas coisas foram esperadas de Jesus durante seu tempo
terreno, e nesta perspectiva que o povo judeu queria seu rei. A cada ano que
passava esperavam mais de Jesus e nas perspectivas humanas meneavam a cabeça e
reprovaram Jesus. Mateus 27:39 “E os que
passavam blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Tu, que destróis o
templo e, em três dias, o reedificas, salva-te a ti mesmo; se és o Filho de
Deus, desce da cruz”.
Ele não foi muito popular. É verdade que houve um aumento de
popularidade quando alimentou os famintos e curou os enfermos. Mas Ele mesmo
sabia que os homens não eram sinceros nem dignos de confiança. "E,
estando ele em Jerusalém pela páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais
que fazia, creram no seu nome. Mas o mesmo Jesus não confiavam neles, porque a
todos conhecia; e não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque
ele bem sabia o que havia no homem", João 2:23-25. "Jesus
respondeu-lhes, e disse: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não
pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes",
João 6:26.
Ele não foi bem
sucedido de acordo com os padrões de sucesso do mundo. O
Senhor Jesus Cristo não acumulou riquezas, não contribuiu no campo das artes,
nem na arquitetura; não fundou nenhuma instituição de caridade. De acordo com o
que o mundo considera sucesso, nunca houve uma falha maior do que a vida de
nosso Senhor. Jesus disse ao Jovem rico: Mateus 19:21 “Disse-lhe Jesus: Se queres ser
perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no
céu; e vem e segue-me” Ele na disse: vende tudo o que tem que te
darei em dobro. Paulo
disse em 2ªTimóteo 2:3 “Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom
soldado de Jesus Cristo”. Lucas 9:57,58 “E aconteceu que, indo eles pelo
caminho, lhe disse um: Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fores. E
disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do
Homem não tem onde reclinar a cabeça”.
Cristo Jesus não
foi grande socialmente falando. Não foi privilegiado em Seu nascimento,
era conhecido simplesmente como o filho de pais pobres, que moravam na
desprezada cidadezinha de Nazaré. Foi uma raiz em terra seca, sem forma nem
beleza que causasse admiração nos homens. Sua posição social também foi
prejudicada, pois comia com publicanos e pecadores. Jesus não fez o menor
esforço para entrar na sociedade. Veio, não para ganhar fama social, mas para
salvar pecadores. Já pensou alguma vez em Jesus, nosso exemplo e Salvador,
pedindo um convite para uma festa da sociedade ou procurando Seu nome na coluna
social do Jornal de Jerusalém?
Ele também não foi
grande politicamente. Não desejou nenhum cargo político. Ao homem
que pediu para resolver a questão de uma herança, respondeu: "Homem,
quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós?" Lucas 12:14.
Jesus recusou-Se a Se aliar e a Se opor aos governos do mundo. Recusou-Se a ser
exaltado por Seus admiradores inconstantes, e fugiu quando tentaram fazê-lo
rei. Sua posição foi resumida, quando disse: "O meu reino não é deste
mundo", João 18:36.
Jesus não foi
grande, no sentido religioso. Foi condenado à morte pelos judeus com
uma acusação de caráter religioso. Foi
chamado glutão e bebedor de vinho, Mateus 11:19.
Seu ministério foi interrompido por uma morte
vergonhosa. O mundo não podia agüentar o Filho de Deus por mais tempo. Ele foi
o mais desprezado e o mais rejeitado dos homens. Os hipócritas não se sentiam
bem diante d’Ele e buscaram alívio para este mal-estar matando-O.
Tal
foi a vida de Cristo aos olhos dos homens. O anti-Cristo será grande diante dos
homens. A primeira perspectiva a qual podemos comemorar
o aniversário é pelas perspectivas humanas.
Sob quais perspectivas podemos comemorar o
aniversário?
II. Pelas
perspectivas divinas – “Apareça a tua obra aos teus servos, e a tua glória sobre
seus filhos. E seja sobre nós a formosura do SENHOR nosso Deus, e confirma
sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos” - Salmo
90:16-17.
Aqui a história é completamente
diferente. Vamos considerá-la. Em Seu caráter pessoal, Jesus foi muito
popular para Deus. Era a alegria diária de Deus e com Ele o Pai estava sempre
satisfeito. Em cada ponto onde o homem falhou, Cristo foi sucesso. Mateus 3:16,17 “E,
sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e
viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz
dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”.
Ele
não tinha vontade própria. Vivia em comunhão íntima com a vontade de Deus.
Podia dizer com toda sinceridade: "Seja feita a sua vontade, não a
minha". João 4:34 “Jesus
disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a
sua obra”. Mateus 26:39 “E, indo um pouco adiante, prostrou-se sobre
o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este
cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.”
Obedeceu
perfeitamente; até a morte de cruz. Isaías 53:4,6 “Verdadeiramente, ele tomou sobre
si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos
por aflito, ferido de Deus e oprimido. Todos nós andamos desgarrados como
ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele
a iniqüidade de nós todos”.
Viveu
uma vida perfeita. Hebreus 7:26,27 “Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote
como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais
alto do que os céus, que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de
oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados,
depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se
ofereceu”.
Em Seu caráter como Mediador, foi condenado e
justificado. Como mediador tornou eficaz a reconciliação
entre Deus e os homens. Para fazer isto, Ele, que é Deus, assumiu a forma
humana. Desta maneira pode tocar tanto Deus quanto homem, o que é essencial
para o sucesso de um mediador. Na salvação dos homens, a lei de Deus tem que
ser mantida. A única maneira de mantê-la é satisfazendo-a. Cristo veio para
prestar esta satisfação no lugar daqueles que não podiam.
Cristo
foi condenado e sentenciado à morte como o substituto do pecador. "Aquele
que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos
justiça de Deus", 2 Coríntios 5:21. Aquele que pessoalmente não
tinha pecado, foi considerado culpado. Isto explica o castigo terrível dado por
Deus, o qual O fez clamar: "Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste". Mateus 27:46.
Cristo
foi ressuscitado dos mortos. Cristo recebeu a cobrança pelos nossos pecados e
em Sua morte, o pagamento foi feito. Deus O ressuscitou dos mortos para
reconhecer que a satisfação tinha sido dada a Sua lei. Quando a satisfação é
dada à justiça não pode haver mais condenação.
A
ressurreição de Cristo é chamada Seu nascimento. Neste dia a morte não mais
tinha domínio sobre Ele. Nosso Senhor teve dois aniversários. No Seu primeiro
nascimento, Ele nasceu para morrer; no segundo nasceu para viver para sempre e
doar a vida a todo aquele que N’Ele crê. Seu povo não está ligado a Ele pelo
Seu nascimento, mas na verdade pela sua morte e ressurreição. O Cristo que
nasceu sob a lei, morreu; o Cristo que satisfez a lei está vivo.
CONCLUSÃO:
A cada aniversário devemos
nos lembrar que fomos concebidos no pecado. Que merecemos a condenação eterna.
Que Cristo nos deu oportunidade de nascer de novo para a vida eterna. Esta deve
ser a nossa comemoração de aniversários todos os anos. Com gratidão lembrar-nos
de onde fomos tirados. Em que perspectivas você tem comemorado os anos de vida
que o Senhor tem lhe acrescentado? Que
Deus nos ajude!!!
Pr.
Luis Renato
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